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Petroleiros russos estarão a descarregar junto a Ceuta, denuncia jornalista espanhol

O autor do livro "O Mundo à Venda" explica que esta opção de Moscovo se prende sobretudo com razões de custo e segurança.

Mariline Alves
30 de Janeiro de 2023 às 13:00
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As águas ao largo de Ceuta transformaram-se num dos pontos-chave da frota fantasma de petróleo russo, segundo a denúncia do jornalista Javier Blas, especialista em matérias-primas, numa coluna de opinião na Bloomberg.  

No porto da cidade autónoma espanhola localizada no norte de África chegam embarcações pequenas – alugadas ou compradas pela Rússia – detidas maioritariamente por empresas ocidentais que deveriam cumprir as sanções decretadas por Bruxelas.

Os navios Aframax, que transportam cerca de 700 mil barris, ao chegar a Ceuta, entregam a mercadoria a grandes petroleiros batizados de Very Large Crude Carrier (VLCC), com capacidade para transportar dois milhões de barris de ouro negro. Daqui, as embarcações partem para o destino final, a Ásia.

Desde dezembro, segundo a Bloomberg, seis VLCC sairam de Ceuta, depois de receber o crude russo entregue por 15 Aframax.

Javier Blas refere ainda que os petroleiros mantém-se a 12 milhas náuticas de Ceuta, de forma a ficar longe das águas territoriais de Espanha.

O autor do livro "O Mundo à Venda" explica que esta opção de Moscovo se prende sobretudo com razões de custo e segurança.


Muitas das tripulações destes navios são marinheiros experientes no seio do mercado negro de petróleo, já que estiveram envolvidos em operações semelhantes ligadas ao Irão e Venezuela, de acordo com os dados da consultora Vortexa, citada pelo jornal espanhol El Economista.

 

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