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Propaganda e líderes políticos na mira do novo pacote de sanções da UE contra a Rússia
Ao lado de Volodymyr Zelensky, a presidente da Comissão Europeia anunciou um novo pacote de sanções contra a Rússia. Presidente da Ucrânia pediu mais - e avisou que Europa só será verdadeiramente livre se também a Ucrânia o for.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, enumerou nesta quinta-feira, 9 de fevereiro, mais detalhes sobre o novo pacote de sanções europeia que o executivo comunitário vai propor nos próximos dias.
"Precisamos de fazer mais", disse Von der Leyen, em conferência de imprensa depois do COnselho Europeu desta quinta-feira, 9 de fevereiro, ao lado do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenski. "Estamos a apoiar a Ucrânia a ganhar esta guerra", frisou.
A Comissão Europeia vai aplicar novas sanções a um "numero de líderes militares e políticos" e atacar a desinformação russa. "Vamos atacar os propagandistas de Putin, porque as suas mentiras estão a envenenar o espaço público na Rússia e fora", disse von der Leyen.
Além disso, o novo pacote de medidas vai incluir proibições adicionais a exportações, num valor superior a 10 mil milhões de euros. O objetivo é enfraquecer a máquina de guerra da Rússia e continuar a abanar a fundação da sua economia, declarou a chefe do executivo comunitário.
O anúncio de von der Leyen foi uma surpresa, uma vez que o novo pacote era esperado em torno de 24 de fevereiro, data que marcará um ano desde a invasão militar russa da Ucrânia.
Zelensky em Bruxelas: "A Europa não pode ser imaginada sem uma Ucrânia livre"
Anteriormente, Zelensky está nesta quarta-feira em Bruxelas e já discursou no Parlamento Europeu e na reunião do Conselho Europeu, que juntou os líderes dos Estados-membros. Nas suas intervenções, insistiu que a guerra da Rússia é também contra a UE.
"A Rússia tem um conjunto de ferramentas significativo à sua disposição, que não é para usar contra os países bálticos, a Polónia ou outros páises", avisou. O líder ucraniano agradeceu aos líderes europeus pelo apoio e por, considerou, entenderem que não devem existir "zonas cinzentas" no continente europeu.
"Acreditamos que a unidade da Europa é o caminho fundamental para a segurança", defendeu, "A Europa não pode ser imaginada sem uma Ucrânia livre".
Zelensky disse ainda que a adesão da Ucrânia à UE é "mais um tijolo fundamental na nossa segurança conjunta".
Depois, o presidente da Ucrânia insistiu no apoio militar: "Precisamos de armas de artilharia, munições, tanques modernos, mísseis de longo alcance a jatos modernos". E apelou: "Temos de desenvolver as dinâmicas da nossa cooperação - temos de fazê-lo mais rapidamente do que o agressor".
Sobre as sanções, o líder ucraniano disse que "são só o início" e defendeu que a UE deve ser "mais proativa". E citou outras sanções: a energia nuclear, as indústrias de drones e de mísseis e o setor das tecnologias.