A Administração de Informação de Energia estima que a produção de petróleo nos Estados Unidos irá cair até meados de 2016, antes de voltar a aumentar no final do próximo ano. Segundo as estimativas publicadas no relatório de previsões de curto prazo, esta segunda-feira, a produção deverá rondar os 9,2 milhões de barris diários em 2015 e 8,9 milhões em 2016. 

Esta previsão está em linha com as estimativas da Agência de Internacional de Energia, que apontam para a redução da produção dos países que não pertencem à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), como os Estados Unidos, em 500 mil barris por dia em 2016.

Em Setembro, a produção recuou em 120 mil barris diários face a Agosto, escreve a agência governamental. Os inventários também recuaram pela quinta semana, "provavelmente suportando os preços no curto prazo", indica o relatório. Os dados mais recentes mostram que os norte-americanos conduziram 1,82 mil milhões de milhas (2,93 mil milhões de quilómetros) até Julho de 2015, o valor mais elevado de sempre, "contribuindo para um consumo maior de gasolina" nos EUA.

A produção do Mar do Norte também recuou por questões sazonais de manutenção, provocando uma subida dos preços, indica o relatório. "Contudo, estes factores podem ser transitórios", alerta a agência, prevendo um abrandamento da procura nos próximos meses. Também a nível global "as preocupações sobre o ritmo do crescimento da economia mundial podem estar a limitar a subida potencial dos preços do petróleo".

A Administração de Informação de Energia prevê um preço médio do barril de Brent de 54 dólares em 2015 e 59 dólares em 2016. O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Londres, deverá ficar nos 50 dólares por barril em 2015 e 54 dólares em 2016. Esta terça-feira, o Brent, negociado em Londres, está a subir 2,36% para 50,40 dólares. Em Nova Iorque, o WTI avança 2,12% para 47,24 dólares.