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Petróleo estende ganhos e já sobe quase 10% no mês
A matéria-prima está a ser sustentada pela expectativa de quebra de produção nos EUA, reduzindo o excesso de oferta no mercado. A matéria-prima segue a valorizar 2% em Nova Iorque, elevando para 10% os ganhos no mês.
Os preços do petróleo mantêm a tendência de subida das últimas sessões, perante os sinais de abrandamento da produção da matéria-prima nos EUA. O WTI lidera os ganhos, com uma subida de 2%, elevando para perto de 10% a valorização acumulada desde o início do mês.
O WTI, negociado em Nova Iorque, está a valorizar 1,96% para 49,48 dólares, com a matéria-prima a prolongar os ganhos expressivos das últimas sessões. Apenas nas primeiras cinco sessões de Outubro, o crude sobe 9,74%, naquela que é a maior série de ganhos da matéria-prima em quase seis meses. Já o Brent soma 1,58% para 52,74 dólares por barril. Desde o início do mês avança 9%.
A impulsionar a matéria-prima está a expectativa de quebra da produção de petróleo nos EUA, depois de um longo período marcado pelo excesso de oferta no mercado, que afundou as cotações do "ouro negro".
As reservas de petróleo caíram 1,23 milhões de barris na última semana nos EUA, segundo os dados divulgados pelo Instituto de Petróleo Americano, números que estão a suportar as cotações do crude.
Além da descida das reservas, o petróleo está ainda a beneficiar com a expectativa que as produtoras de crude americanas continuem a reduzir a produção. A Administração de Informação de Energia estima que a produção de petróleo nos Estados Unidos irá cair até meados de 2016, antes de voltar a aumentar no final do próximo ano. Segundo o mesmo relatório, a produção deverá rondar os 9,2 milhões de barris diários em 2015 e 8,9 milhões em 2016.
Esta previsão está em linha com as estimativas da Agência de Internacional de Energia, que apontam para a redução da produção dos países que não pertencem à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), como os Estados Unidos, em 500 mil barris por dia em 2016.
A concorrência por quota de mercado entre a OPEP e as produtoras americanas esteve na origem do excesso de produção de petróleo que inundou o mercado no último ano. O cartel, responsável por mais de 40% da produção mundial, tem estado a produzir mais petróleo do que a sua meta, com impacto negativo nas cotações, tornando pouco rentável a exploração de crude a partir do xisto betuminoso, devido aos altos custos de exploração.