Notícia
Petróleo abaixo dos 60 dólares pela primeira vez desde Outubro de 2017
O petróleo continua a derrapar, seguindo para a sétima semana consecutiva de quedas. A cotação do barril está em mínimos do final de 2017.
As quedas do petróleo não param. A cotação do barril, tanto em Nova Iorque (WTI) como em Londres (Brent), caminha para a sétima semana de perdas consecutivas. O "ouro negro" cede mais de 4% esta sexta-feira, 23 de Novembro, atingindo mínimos de um ano.
Neste momento, o brent, negociado em Londres, - que serve de referência para as importações portuguesas - perde 4,42% para os 59,82 dólares, o que acontece pela primeira vez desde Outubro de 2017. O WTI, negociado em Nova Iorque (ontem não negociou por causa do dia de Acção de Graças), cede 6,41% para os 51,13 dólares, negociando também em mínimos de mais de um ano. Ambos estão a desvalorizar há sete semanas consecutivas.
O que está a acontecer? É uma questão de oferta e procura. Numa altura em que a economia está a desacelerar - um efeito acentuado pela guerra comercial entre os EUA e a China -, a procura por petróleo tenderá a diminuir. No entanto, a oferta não estará a ajustar-se: os sinais dados é que a oferta (produção de barris) continuará elevada, o que pressionará os preços.
Esta é a vontade do presidente norte-americano, Donald Trump, que já agradeceu à Arábia Saudita e tem vindo a insistir para que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) mantenha os preços baixos, evitando cortes na produção. Anteriormente, Trump permitiu que alguns países continuassem a comprar petróleo ao Irão, apesar das sanções, o que provocou um aumento da oferta face ao expectado.
Hoje a Arábia Saudita sinalizou que a sua produção poderá ter chegado a um nível recorde, ao que se juntam os crescentes stocks norte-americanos - estão a subir há nove semanas. O ministro da Energia, Khalid Al-Falih, avançou que a Arábia Saudita está a produzir 10,7 milhões de barris por dia em excesso.
"Os preços têm afundado dado que Trump continua a pressionar a OPEP e a Arábia Saudita para criarem um ambiente de preços baixos, e isso têm-se juntado ao aumento dos stocks norte-americanos", sintetiza o analista Hong Sungki da NH Investment & Securities Co. Os dados mostram que a produção de petróleo nos EUA não era tão elevada desde 1983.
Os analistas referem também que as quedas desta sexta-feira estão a ser fomentadas por questões técnicas. A volatilidade do petróleo esta semana atingiu máximos de 2016, escreve a Bloomberg.
Estas quedas podem ser estancadas quando a OPEP se reunir em Dezembro. O banco de investimento Morgan Stanley prevê uma probabilidade muito grande de que seja acordado um corte na produção para reequilibrar o mercado em 2019. Para o analista do banco, Martijn Rats, citado pela Bloomberg, o brent pode recuperar para os 70 dólares. Se nada for feito, deverá descer para a casa dos 50 dólares.
No entanto, se a OPEP decidir cortar a produção, tal deverá significar que perderá quota de mercado uma vez que é expectável que os países que não fazem parte da organização mantenham a sua produção no mesmo nível.
(Notícia actualizada às 13h49 dando conta de que o brent está abaixo dos 60 dólares)
Neste momento, o brent, negociado em Londres, - que serve de referência para as importações portuguesas - perde 4,42% para os 59,82 dólares, o que acontece pela primeira vez desde Outubro de 2017. O WTI, negociado em Nova Iorque (ontem não negociou por causa do dia de Acção de Graças), cede 6,41% para os 51,13 dólares, negociando também em mínimos de mais de um ano. Ambos estão a desvalorizar há sete semanas consecutivas.
Esta é a vontade do presidente norte-americano, Donald Trump, que já agradeceu à Arábia Saudita e tem vindo a insistir para que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) mantenha os preços baixos, evitando cortes na produção. Anteriormente, Trump permitiu que alguns países continuassem a comprar petróleo ao Irão, apesar das sanções, o que provocou um aumento da oferta face ao expectado.
Hoje a Arábia Saudita sinalizou que a sua produção poderá ter chegado a um nível recorde, ao que se juntam os crescentes stocks norte-americanos - estão a subir há nove semanas. O ministro da Energia, Khalid Al-Falih, avançou que a Arábia Saudita está a produzir 10,7 milhões de barris por dia em excesso.
"Os preços têm afundado dado que Trump continua a pressionar a OPEP e a Arábia Saudita para criarem um ambiente de preços baixos, e isso têm-se juntado ao aumento dos stocks norte-americanos", sintetiza o analista Hong Sungki da NH Investment & Securities Co. Os dados mostram que a produção de petróleo nos EUA não era tão elevada desde 1983.
Os analistas referem também que as quedas desta sexta-feira estão a ser fomentadas por questões técnicas. A volatilidade do petróleo esta semana atingiu máximos de 2016, escreve a Bloomberg.
Estas quedas podem ser estancadas quando a OPEP se reunir em Dezembro. O banco de investimento Morgan Stanley prevê uma probabilidade muito grande de que seja acordado um corte na produção para reequilibrar o mercado em 2019. Para o analista do banco, Martijn Rats, citado pela Bloomberg, o brent pode recuperar para os 70 dólares. Se nada for feito, deverá descer para a casa dos 50 dólares.
No entanto, se a OPEP decidir cortar a produção, tal deverá significar que perderá quota de mercado uma vez que é expectável que os países que não fazem parte da organização mantenham a sua produção no mesmo nível.
(Notícia actualizada às 13h49 dando conta de que o brent está abaixo dos 60 dólares)