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Arábia Saudita quer aumentar produção de petróleo. Crude cai mais de 2%

O país pretende aumentar a sua quota no mercado do petróleo e, para isso, preprara-se para abandonar o objetivo de conseguir que cada barril de crude valha 100 dólares. Petrolíferas europeias, como a Galp, registam perdas.

Victor Ruiz Garcia/Reuters
26 de Setembro de 2024 às 13:03
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A Arábia Saudita quer conquistar mais quota no mercado de petróleo, e para isso decidiu abandonar o objetivo de fazer o crude chegar aos 100 dólares por barril, aumentando a produção.

A medida, avançada pelo Financial Times, mas que ainda não foi oficialmente anunciada, já parece estar a ter impacto na cotação do petróleo no mercado internacional. Por esta hora, o West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, recua 1,87% para 68,39 dólares por barril, enquanto o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, cai 1,73% para 72,19 dólares. Ambos chegaram a cair mais de 2,5% esta manhã.

Ainda a pressionar os preços do petróleo está o facto de os dois governos rivais que controlam a Líbia (uma do este, outra do oeste) terem chegado a acordo para nomear um presidente para o banco central do país. Este novo nome pode ajudar a resolver a indefinição sobre o controlo das receitas petrolíferas do país, que tem causado disrupções nas exportações de crude para o mercado internacional por parte da Líbia.

"As notícias que saíram esta noite sobre um potencial retorno da produção na Líbia, em conjunto com o anúncio de hoje de um preço-alvo saudita reduzido devido a um aumento esperado na oferta, tiraram o fôlego ao mercado de petróleo", afirmou Tony Sycamore, analista de mercados da ÎG.

A perspetiva de um aumento de produção de petróleo, tanto na Arábia Saudita, como na Líbia, está a exercer grande pressão sobre os preços do crude no mercado internacional. Além disso, ainda restam muitas dúvidas em relação ao impacto que as medidas de estímulo económico chinesas vão ter sobre a procura por energia no país – o maior importador de petróleo do mundo -, o que está a deixar os investidores incertos em relação ao caminho a percorrer.

A queda nos preços do petróleo está a exercer grande pressão sobre as ações das petrolíferas europeias. O setor do "oil&gas" do Stoxx 600 - "benchmark" para a Europa - cai, neste momento, quase 3%, com cotadas como a BP, a Galp, a Shell e a Repsol a caírem entre os 0,81% e os 4,45%. 

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