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Atividade na Zona Euro arranca o ano com ligeira melhoria

O índice de produção, PMI, para o espaço da moeda única melhorou no mês de janeiro, com sinais positivos na Alemanha, a maior economia da região.

Fabian Bimmer/Reuters
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A Zona Euro arrancou o ano com melhorias ligeiras no crescimento, depois de vários meses em queda, mostra a estimativa rápida do índice de compras dos gestores (PMI), compilado pela S&P Global e divulgada esta sexta-feira, 24 de janeiro.

Os dados preliminares do inquérito que decorreu entre os dias 9 e 22 de janeiro indicam que o índice de produção atingiu em janeiro os 50,2 pontos (49,6 em dezembro), um máximo de cinco meses. O setor dos serviços manteve uma forte expansão, pelo segundo mês consecutivo, acabando por compensar o mau desempenho continuado da indústria. "Os dados revelaram que a expansão global da atividade empresarial foi centrada nos serviços", refere a nota publicada pela S&P. "A atividade dos serviços aumentou pelo segundo mês consecutivo em janeiro, embora de forma modesta e ligeiramente menor do que em dezembro", acrescenta, sendo que a "produção industrial continuou a cair".

De acordo com a análise da S&P, as melhorias sentidas no arranque do ano devem-se a um desempenho mais favorável da atividade na Alemanha, a maior economia da região. "Houve sinais de melhoria na maior economia da área do euro, com a atividade empresarial na Alemanha a estabilizar no início do ano, pondo fim a uma sequência de seis meses de declínio", refere a nota.

Já a segunda maior economia – a França – "continuou em contração, mas o ritmo de redução abrandou para o valor mais fraco desde setembro último." Quando a restante Zona Euro, para a qual ainda não existem dados desagregados, o desempenho manteve-se superior ao das duas maiores economias, "registando uma nova, ainda que modesta, expansão da produção, pelo o décimo terceiro mês consecutivo."

"O arranque do novo ano é ligeiramente encorajador", refere Cyrus de la Rubia, economista-chefe do Hamburg Commercial Bank (HCB). "O setor privado está de novo em modo de crescimento cauteloso após dois meses de contração", indica.

Para Bert Colijn, economista-chefe do ING, "são finalmente boas notícias para a Zona Euro", acrescentando que "não é muito, mas um pequeno aumento no PMI para que o nível fique acima de 50 é, pelo menos, alguma coisa."

Emprego surpreende nos serviços

No arranque do ano, as perspetivas do emprego surpreenderam os analistas da S&P e do HCB, sobretudo por ter tido em janeiro "um aumento mais robusto do que em dezembro", indica De la Rubia. De resto, o aumento contínuo do emprego durante os últimos seis meses terá sido "quase suficiente para compensar a redução da indústria", concluem os analistas.

Para a Alemanha e a França, é esperada uma nova redução no ritmo de crescimento do emprego, enquanto o resto da Zona Euro deverá registar novos crescimentos.

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