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Ter protecção na derrocada das bolsas

Os modelos de arbitragem provaram, nesta crise, que é possível fugir à queda das bolsas. Há fundos com ganhos muito atractivos e que deverão continuar a ser "imunes" à tempestade.

27 de Novembro de 2008 às 14:17
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Raro é o dia que não é marcado por novas notícias que vêm reforçar a já frágil confiança de quem investe. Com o mundo a viver num permanente limbo entre indicadores económicos alarmantes e contas de empresas emagrecidas, o "stress" dos mercados financeiros parece não ter fim à vista.

As perdas das bolsas mundiais acumulam-se. Só no último ano, já superam 45% em quase todos os pontos do globo. É neste cenário de crise instalada que se torna ainda mais necessário proteger as poupanças com estratégias de investimento que consigam fugir à "maré negra" das bolsas e ter lucro.

Neste "terramoto" que abala os mercados há mais de um ano, os fundos que seguem modelos de arbitragem estão a superar a prova. E, alguns, com distinção. Há fundos que valorizam mais de 30% no último ano. Difícil de acreditar? Talvez, mas os números da crise comprovam promessas antigas dos defensores destas abordagens e fazem antever potenciais ganhos futuros, tendo em conta a expectativa dos analistas para que o tumulto dos mercados se prolongue no próximo ano.

Os modelos de arbitragem são aplicados, regra geral, pelos chamados fundos de retorno absoluto. E nesta categoria, há um claro "vencedor" no último ano: o "CAAM Funds Arbitrage VaR 2 USD H Acc".

Tão complexo como o nome, é a sua estratégia. Este fundo, gerido pelo Crédit Agricole, procura obter um rendimento absoluto superior à taxa Libor em dólares, a três meses, acrescida de mais 1% ao ano. Investe, assim, nos mercados cambiais e de obrigações, fazendo uma distribuição do risco por diferentes posições estratégicas e recorrendo a arbitragens que permitem explorar oportunidades, tanto em divisas de países desenvolvidos como de emergentes. A gestão combina diferentes métodos (fundamental, discricionário, técnico, etc) e horizontes de investimento, com posições estratégicas de longo prazo e negociação de curto prazo. São também utilizadas múltiplas estratégias, como de valor relativo, de volatilidade, direccional, entre outras, que fazem com que o seu retorno seja totalmente independente da tendência do mercado. Prova disso é o forte desempenho do "CAAM Funds Arbitrage VaR 2 USD H Acc" no último ano. Valoriza 33% quando as bolsas mundiais "afundam", no mínimo, acima de 40%. Um desempenho muito positivo que resulta também da valorização do dólar, a sua moeda de referência.

Outro modelo "vitorioso" nesta crise tem sido o da arbitragem estatística, aplicada no "JPM Highbridge Statistical Market Neutral EUR D". Mais um nome que causa ruído ao ouvido, mas que neste último ano de crise rende mais de 10%. O fundo da JPMorgan Asset Manangement procura superar entre 4% e 5% ao ano o retorno da taxa de juro de referência do mercado monetário do euro para o prazo "overnight", a EONIA, durante cinco anos.

Para tal, ignora qualquer referência a um índice bolsista e escolhe as acções onde investe de acordo com técnicas estatísticas. Rege-se, ainda, pelo pressuposto de que todos os activos tendem a assumir um valor próximo da sua média histórica, ou seja, segue o princípio "market neutral" utilizado pelos fundos de cobertura de risco, conhecidos como "hedge funds".

Embora complexas, as estratégias inovadoras destes fundos de retorno absoluto tiveram nesta crise uma "prova de fogo". Que superaram e justificaram a sua presença numa carteira de investimento diversificada e protegida das fortes quedas dos mercados accionistas.

Fundos de arbitragem escapam ao "tombo" das acções este ano
Desempenho do índice europeu Stoxx600 contra os três fundos de arbitragem desde o início do ano

Fonte: Morningstar e Bloomberg.

As estratégias de gestão ditas descorrelacionadas com a evolução dos mercados tiveram nesta crise uma "prova de bala". Que superaram. Os três fundos analisados - "CAAM Funds Arbitrage VaR 2 USD H Acc", "JPM Highbridge Statistical Market Neutral EUR D" e "CAAM Funds Dynarbitrage International C"- registam este ano ganhos de dois dígitos, enquanto o índice de referência para a Europa "afunda" muito perto de 50%.

Três soluções para proteger as poupanças

CAAM Funds Arbitrage VaR2 USD H AccJPM Highbridge Stat. Market Neutral EUR DCAAM Funds Dynarbitrage International C
- Retorno 1 ano: 32,9%

- Retorno 3 anos: 4,8%

- Gestora: Crédit Agricole AM

- Onde subscrever: ActivoBank7, Banco Best e BiG
- Retorno 1 ano: 10,2%

- Retorno 3 anos: n.a.

- Gestora: JPMorgan AM

- Onde subscrever: ActivoBank7, Banco Best e BiG
- Retorno 1 ano: 10,1%

- Retorno 3 anos: n.a.

- Gestora: Crédit Agricole AM

- Onde subscrever: ActivoBank7, Banco Best e BiG

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