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Teixeira Duarte - E depois da operação de troca?

Os investidores vão passar a ter exposição a todas as actividades do grupo

24 de Agosto de 2010 às 09:15
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Teixeira Duarte | O líder da construtora está a reorganizar o grupo.
Desde a semana passada que os investidores nacionais conhecem uma nova Teixeira Duarte em bolsa. No seguimento da operação pública de troca realizada pela empresa, as acções da Teixeira Duarte SA começaram a negociar há exactamente uma semana, em simultâneo com os títulos da construtora.

O objectivo da operação é abrir espaço para tirar a Teixeira Duarte Engenharia e Construções do mercado, substituindo-a pela casa-mãe. Na prática, os investidores vão passar a investir numa companhia com exposição a mais sectores de actividade.

O programa de reestruturação do grupo Teixeira Duarte deu lugar a uma situação em que coexistem em bolsa duas empresas. À partida esta situação pode parecer confusa, no entanto o objectivo da companhia liderada por José Maria Teixeira Duarte é claro.





Trocar a Teixeira Duarte Engenharia e Construções pela SA em bolsa. O primeiro passo para esta operação já está dado, com a Teixeira Duarte a ficar com 97% do capital da construtora após a operação pública de troca. O processo para tirar a empresa de bolsa poderá estar concluído até ao final do ano.

A reorganização empresarial do Grupo Teixeira Duarte iniciado este ano pretende focar a empresa de construção na sua actividade, deixando a casa-mãe cotada no lugar da construtora. Deste modo, através do investimento na Teixeira Duarte SA, os investidores ganham exposição a todas as actividades do grupo e não apenas à construção, como acontece actualmente.





























Embora a construção continue a representar mais de metade dos resultados, o grupo está exposto a oito sectores de actividade, que vão desde a comercialização de combustíveis, até ao comércio alimentar e ao imobiliário. Além da diversificação das actividades de negócios, a empresa conta ainda uma elevada exposição geográfica a países em crescimento.

Com cerca de 13.500 trabalhadores, a Teixeira Duarte tem actividades em 16 países, dispersos por quatro continentes. Num momento em que o mercado doméstico atravessa uma conjuntura económica extremamente difícil, a diversificação e a exposição geográfica constituem uma importante arma para a empresa, contra a diminuição das receitas no país.

A falar na sessão especial de bolsa onde este mês foram apresentados os resultados da operação pública de troca da Teixeira Duarte, Manuel Maria Teixeira Duarte, administrador da empresa, adiantou que "é notório que têm sido os mercados externos os impulsionadores da actividade e assim deverá continuar a ser". Neste contexto, Angola, Argélia, Moçambique e Brasil deverão permanecer os principais motores da actividade internacional da empresa.

Em termos de resultados, o responsável acrescentou que a companhia deverá ter encerrado o primeiro semestre do ano com lucros ligeiramente acima dos 45 milhões de euros antecipados pela empresa.

Já em bolsa, a primeira semana da Teixeira Duarte SA terminou com sabor amargo. A companhia caiu 11,6% em cinco sessões, mais do que o PSI-20.




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