Conheça oito carteiras de fundos


ActivoBank
Troca de Japão pela Alemanha

Há vários meses que o ActivoBank apostava na recuperação do mercado accionista japonês, o que não se verificou. "O iene atingiu novo máximo de 15 anos face ao dólar e de 9 anos face ao euro, o que tem estado a 'sufocar' os exportadores nipónicos e por consequência o mercado accionista local", explicam os responsáveis do banco do grupo Millennium bcp. Neste mês, o ActivoBank desiste do fundo de acções do Japão SGAM F Index Japan, que absorvia 10% da carteira agressiva, e troca a posição pelo fundo de acções alemãs Fidelity Germany. "A economia alemã registou no segundo trimestre de 2010 o seu melhor desempenho desde a reunificação em 1990. As exportações subiram 30% no último ano, beneficiando da quebra do euro, em especial para mercados emergentes. A actual taxa de desemprego é mais baixa do que no início da crise, o que progressivamente deverá dinamizar o consumo interno", justificam os especialistas.

A carteira prudente também foi alvo de uma substituição. O ActivoBank optou por permutar a posição no fundo de obrigações Schroder ISF Emerging Markets Debt Absolute Return (Euro Hedged) pelo Templeton Global Bond (EUR Hedged). A escolha pelo fundo da Franklin Templeton deveu-se ao facto de "ter mais exposição ao potencial de apreciação das divisas e dívida emergente". "O fundo superou o desempenho de 97 por cento dos concorrentes nos últimos 10 anos", acrescentam os responsáveis do ActivoBank.

Banco Best
Mudança nas obrigações europeias

A única alteração efectuada pelo Banco Best neste mês foi na carteira prudente. Os especialistas do banco trocam a posição no BlackRock Euro Short Duration Bond pelo Pioneer Euro Aggregate Bond, ficando este fundo responsável por 15% desse portefólio. "O fundo da Pioneer tem o mesmo nível de risco e uma estratégia de investimento semelhante, mas apresenta na nossa opinião melhores perspectivas face ao fundo da BlackRock", dizem os responsáveis da direcção de investimentos do Banco Best. Tanguy Le Saout, o gestor da Pioneer que lidera a selecção de obrigações em euros de elevada qualidade creditícia, elege a dívida pública europeia como alvo preferencial. Segundo as últimas informações disponíveis, mais de metade do portefólio está aplicado em obrigações soberanas ou supranacionais, em particular da Suécia, da Espanha, da Alemanha e da Itália. No global, o Pioneer Euro Aggregate Bond conta com cerca de duas centenas de investimentos diferentes.

A carteira agressiva não sofreu qualquer alteração. De destacar o retorno de cerca de 4,23% do ING (L) Invest Global Opportunities desde a última edição das recomendações dos supermercados de fundos. Os gestores do fundo da ING, Tycho van Wijk e Dirk-Jan Verzuu, procuram a nível mundial grandes empresas que tenham boas perspectivas de crescimento de resultados, como a Apple e a Adobe Systems.

Depois de ter cavalgado o dólar em Agosto, Setembro revelou-se negativo para as apostas do Banco Big em fundos cotados em dólares. O Amundi Global Aggregate, o fundo de obrigações mundiais eleito para a carteira prudente, é um bom exemplo: apesar de a unidade de participação do produto, cotada em dólares, ter valorizado cerca de 3% desde a última segunda-feira de Agosto, quando transposta para euros verifica uma perda de quase um 1%. Há, no entanto, alguns fundos dos portefólios recomendados pelo Banco Big que tiveram fortes avanços. É o caso do ING (L) Invest Euro High Dividend, que investe em acções boas pagadores de dividendos, e o Fidelity Global Opportunity, um produto especializado no investimento sectorial, que ganharam 5,04% e 3,77%, respectivamente. De acordo com a agência de avaliação de fundos Morningstar, enquanto o primeiro investe predominantemente na Zona Euro, o segundo aplica metade da sua carteira nos Estados Unidos da América.

Rui Broega, director de gestão de activos do Banco Big, continua a acreditar que as principais economias enfrentam pesadas dificuldades de crescimento, nomeadamente devido a problemas estruturais, como ao nível do mercado de emprego. "As autoridades centrais continuam 'forçadas' e empenhadas na manutenção de taxas de juro baixas", diz Broega.

O Deutsche Bank foi o supermercado de fundos que fez as alterações mais profundas na entrada do Outono. A carteira agressiva, que antes contava com cinco produtos, ficou ainda mais concentrada. Agora, os especialistas da sucursal portuguesa do banco alemão confiam no fundo de acções norte-americanas Parvest Equity USA (que substitui o DWS Invest US Value Equities), no fundo de acções europeias BlackRock European, no fundo de acções de mercados emergentes BlackRock Emerging Markets e no DB Platinum Commodity Euro, um produto que pretende acompanhar a evolução dos preços das matérias-primas. A partir das ponderações dadas pelo Deutsche Bank a cada um dos fundos é possível concluir que os maiores investimentos no portefólio agressivo são as acções do brasileiro Itaú Unibanco, da suíça Nestlé e do britânico Vodafone Group.

Na carteira prudente, o Deutsche Bank eliminou os fundos DWS Invest Alpha Strategy, DWS Invest US Value Equities e BlackRock European. Para a maior posição do portefólio destinado aos investidores mais conservadores, o banco aponta para o BlackRock Global Dynamic Equity. Dennis Stattman, o gestor que lidera a equipa que gere o produto da BlackRock, investe em acções de todo o mundo, embora se enviese para os mercados accionistas norte-americanos. Contudo, Stattman prefere neste momento o ouro. O maior activo do fundo é o SPDR Gold Shares, um cabaz que investe em barras de ouro.