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GPS - Um co-piloto fiável e sem stress

A ajuda dos navegadores de GPS está a entrar nos hábitos dos condutores para conseguir orientações rodoviárias mas também para localizarem pontos de interesse. Os equipamentos são mais baratos e fiáveis e muitos incluem actualização da informação dos percursos.

04 de Julho de 2008 às 07:00
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Imagine o cenário: está perdido numa cidade desconhecida, ao volante, com dezenas de factores a considerar aos quais se somam a desorientação de não conhecer o local e não conseguir orientar-se para chegar ao seu destino. Não é difícil transportar-se para a situação onde os mapas se revelam inúteis, as indicações de transeuntes nem sempre são úteis e onde até o “co-piloto” ou companheiros de viagem podem não dar grande valor acrescentado.
É para estes casos que os equipamentos de apoio à navegação se revelam definitivamente eficazes, mas a sua utilidade acaba por se estender a muito mais situações, em viagens longas ou curtas, dentro ou fora da cidade, e até de bicicleta ou a pé. E quem se habitua a ter um co-piloto electrónico depois tem dificuldade em prescindir desta ajuda para a orientação rodoviária, mas também para identificar pontos de interesse como bombas de gasolina, restaurantes ou hotéis.

A disseminação comercial dos serviços de GPS é recente e resulta da conjugação da criação de uma oferta de equipamentos pequenos e transportáveis, com tecnologia de sintonização de sinal de satélites geoestacionários, mas também da disponibilidade de informação de mapas fiável e actualizada para a maioria dos países considerados desenvolvidos. Em Portugal os equipamentos de GPS estão entre os “gadgets” preferidos dos utilizadores, sobretudo com a crescente redução do preço que permite a oferta nas lojas por preços a partir de 150 euros. Algumas marcas começaram já a incluir a oferta de sistemas de GPS externos como promoções comerciais, como acontece com a Cetelem que oferece um GPS a quem subscrever um crédito automóvel de mais de 10 mil euros, ou a Caixa Geral de Depósitos que oferece um Ndrive G280 na subscrição de um crédito pessoal até 30 de Setembro.

Este mercado é reconhecido como um dos de maior potencial para os próximos anos, não só em equipamentos – sejam terminais dedicados ou mistos, como os “smartphones” que conjugam telefones, leitor de multimédia e sistema de navegação – como em mapas. Esta é uma área de grande desenvolvimento onde duas empresas europeias ganham destaque, a TeleAtlas e a Navteq, que foram recentemente adquiridas por duas gigantes, a TomTom e a Nokia, respectivamente, em negócios de vários milhões de euros. Estas operações de concentração levaram mesmo a investigações da Comissão Europeia, pela possibilidade de monopólio, mas já foram desbloqueadas.

Dilema dos formatos

O investimento da Nokia neste mercado não é inocente. Na sua procura de adicionar mais funcionalidades aos terminais que já ganharam o nome de “smartphones”, as fabricantes de telemóveis apostaram no GPS como uma das áreas complementares. E faz todo o sentido, já que o telemóvel é actualmente um dos equipamentos mais presentes no dia a dia dos utilizadores. Porém, a necessidade de manter o tamanho reduzido – e logo o ecrã pequeno -, ainda não permite que este conceito ganhe aos leitores dedicados para os automóveis que permitem ecrãs de maior dimensão e melhor visibilidade em condições de muita luz, interfaces sensíveis ao toque e sistemas de exposição no carro mais “amigáveis”. O facto dos preços destes equipamentos dedicados estar a descer também faz com que a duplicação de funcionalidades não seja um grande argumento a evocar – se posso ter um terminal GPS só para o carro por 150/200 euros não vale a pena perder ‘usabilidade’ usando o telemóvel...
Mas neste campo a “guerra” de formatos está ainda a começar.

Pontos fundamentais para a escolha certa

Verifique as principais funcionalidades dos quatro modelos escolhidos, mas tenha em atenção detalhes de mapas para os países que deseja e a compatibilidade com o seu telemóvel.

Quatro opções para não perder o rumo


Uma questão de satélites

A designação GPS nasce com o Global Positioning System, um sistema de satélites geo-estacionário montado pelos norte-americanos e que fornece informação de latitude e longitude a equipamentos preparados para receberem o sinal emitido. O nome acabou por ser associado também aos sistemas de navegação para automóveis já que estes usam o sinal dos satélites, normalmente três, para obter a posição exacta onde se encontram, uma informação que é depois combinada com mapas digitais que permitem a definição de rotas entre dois pontos, a localização exacta de moradas e até o cálculo de tempo de um percurso e o seu custo.

O GPS tem vindo a ser melhorado mas conta agora com um novo rival que resulta do investimento da União Europeia num sistema semelhante, o Galileo, que já foi aprovado e deverá estar operacional em 2012. O Galileo conta também com uma rede de satélites geo-estacionários mas a tecnologia utilizada permite dois canais de comunicação, o que garante bidireccionalidade e dá lugar a mais serviços.

Para já o investimento no Galileo está garantido, com a União Europeia a desembolsar um total de 3,4 mil milhões de euros, que permite avançar com o programa e promete colocar a Europa na linha da frente desta tecnologia. O investimento está também a beneficiar todo um ecosistema de investigação e desenvolvimento com parcerias entre universidades e empresas.

Um acordo assinado entre os Estados Unidos da América e a União Europeia abriu entretanto espaço para a interoperabilidade entre os dois sistemas, o que em última análise irá beneficiar os utilizadores.

Mais completo
TomTom Go 930
€449


Não é por acaso que a TomTom é reconhecida como líder deste mercado. A gama de equipamentos que disponibiliza é vasta e a aposta na afinação das funcionalidades oferecidas ao cliente tem sido uma constante. O Go 930 é um bom exemplo de como esta área evoluiu nos últimos anos, a nível de facilidade de utilização, precisão nos cálculos de rotas e de tempo de percurso. Mas também da utilização do “input” dos utilizadores para construir um sistema de fornecimento de informação fiável, o Map Share, que conta com a participação de muitos utilizadores portugueses, assim como o IQ routes, que calcula com base na média real da velocidade dos utilizadores o tempo de cada percurso.



Imagens reais
Ndrive g800
€260


Sendo o único desta lista que conta com a marca “made in Portugal”, com o cunho da empresa de capital nacional. O NDrive G800 é também o primeiro navegador com imagem real 3D em perspectiva, dando uma nova experiência de navegação. Em vez de passear entre mapas de ruas planas, o NDrive G800 oferece perspectiva e facilita a localização com base em pontos de referência. O equipamento funciona ainda como leitor multimédia e a conectividade “bluetooth” faz com que possa ser conjugado com o telemóvel para funcionar como sistema de alta-voz. Note porém que a inclusão de mapas em 3D não tem só vantagens. Esta tecnologia não está ainda disponível para todas as regiões e todos os países, estando limitada a algumas cidades de Portugal, Espanha e Itália – que não são todos incluídos no pacote base. Se quiser garantir uma cobertura de mapas mais abrangente, terá de optar por outros terminais da NDrive.

Maior ecrã
Sony nv-u93t
€300

Com o maior ecrã de todos os equipamentos seleccionados pelo Jornal de Negócios neste trabalho, o Sony NV-U93T não perde nada pela falta de tradição da marca neste mercado. A tecnologia de “interface” é simples e fácil de utilizar, os mapas integrados dão uma visão completa da Europa e permitem aos amantes de viagens de carro estender a sua utilização por muitos milhares de quilómetros. E não faltam também outras características presentes em equipamentos desta gama, como a leitura de ficheiros multimédia e a integração com Bluetooth. O que torna a escolha ainda mais difícil.





Melhor preço para funcionalidades
Garmin gps nuvi 760 europa
€349

A Garmin é uma referência também incontornável nos GPS, com uma gama vasta que se alarga de dispositivos marítimos aos carros e aparelhos de utilização pessoal, com comunicação de voz. Entre os modelos à venda em Portugal, o Garmin GPS Nüvi 760 Europa destaca-se pela integração dos mapas de toda a Europa a um preço muito razoável, para além de estar a par dos outros modelos referenciados nesta peça em termos de funcionalidades, “software” e características técnicas. O “bluetooth”, a combinar com alguns modelos de telemóveis, é também uma funcionalidade importante dispensando ou complementando o sistema de alta-voz do automóvel. A Garmin possui um sistema de alerta de trânsito mas que ainda não funciona para Portugal.


Alternativa Smartphone


Para não perderem o comboio, os fabricantes de telemóveis já incluem gps. É mais prático, mas os écrans são menores.

Samsung 1780
€409,9

O “software” NDrive faz com que a utilização deste “smartphone” em funções de navegador GPS seja muito semelhante à de um equipamento dedicado da marca. O Samsung i780 é um exclusivo da TMN e foi lançado no início de Maio, conjugando a integração de GPS e a navegação de voz com o acesso 3G e Wi-Fi. O ecrã táctil permite programar e mudar rotas, e os mapas incluídos são os de Portugal e Espanha, a que se junta o guia “Boa cama, Boa mesa” com informação de hotéis e restaurantes em Portugal.


















Nokia n82
€469

Este modelo marca a aposta da Nokia nos GPS, mas não deixa de lado todas as outras características essenciais para um bom “smartphone”, incluindo uma câmara de 5 megapixels com lentes Carl Zeiss com autofocus e flash de Xénon. O Nokia N82 já está no mercado há algum tempo e será em breve substituído com vantagem pelo Nokia N96, o mais recente topo de gama do fabricante de telemóveis finlandês que, no entanto, só deve chegar ao mercado no terceiro trimestre do ano com um preço de venda aproximado de 600 euros.

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