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Ganhe com o sobe e desce do mercado

O mês de Janeiro marcou o regresso da ansiedade aos mercados accionistas. Depois de um arranque positivo, o primeiro mês do ano acabou por encerrar com saldo negativo. Os receios crescentes quanto à dívida pública de vários países europeus, como a...

Ganhe com o sobe e desce do mercado
10 de Fevereiro de 2010 às 09:10
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Turbulência
| O aumento da volatilidade pode gerar ganhos.

As incertezas em relação à recuperação económica e os receios de derrapagem dos défices na Europa deverão levar a um aumento da ansiedade dos investidores

O mês de Janeiro marcou o regresso da ansiedade aos mercados accionistas. Depois de um arranque positivo, o primeiro mês do ano acabou por encerrar com saldo negativo. Os receios crescentes quanto à dívida pública de vários países europeus, como a Grécia, Espanha e Portugal, associados às preocupações com a retirada dos estímulos à economia dos mercados e às propostas para apertar a regulação à banca nos EUA são alguns dos factores que deverão levar a um aumento da volatilidade ao longo dos próximos meses.

Os alertas das agências de "rating" para a situação financeira da Grécia, Portugal e Espanha contaminou o optimismo que brindou os mercados no início do novo ano, deitando por terra os ganhos acumulados nas primeiras sessões de 2010. Estes receios e as incertezas que permanecem quanto à sustentação da recuperação económica para este ano levaram a um aumento da ansiedade nas primeiras semanas de 2010. Ainda assim, os especialistas acreditam que os momentos de volatilidade que vão marcar a negociação das bolsas mundiais nos próximos meses abrem oportunidades de compra.

O índice VIX, que mede a volatilidade do índice norte-americano Standard&Poor's 500, dispara mais de 48% desde meados de Janeiro. Depois da escalada dos últimos meses, a cautela contaminou os mercados, com os investidores a temerem que uma eventual derrapagem do défice de vários países europeus atrase a recuperação das economias do Velho Continente.

Na semana passada, a Comissão Europeia aprovou o programa de estabilidade grego, que prevê reduzir o défice orçamental de 12,7% em 2009 para menos de 3% em 2012, avisando tratar-se de um plano "ambicioso" e de difícil execução, mas, ainda assim, "atingível", voltando as atenções agora para Portugal e Espanha. O Governo português vai ter de "intensificar" o ritmo de consolidação orçamental, depois de ter revelado valores para o défice de 2009 e previsões para 2010 "ligeiramente superiores ao esperado", defendeu o comissário europeu dos Assuntos Económicos, Joaquín Almunia.

Estas receios com as contas públicas levou os CDS, seguros contra o incumprimento de Portugal, a bater recordes, ao mesmo tempo que os juros das obrigações continuam a subir.

Além dos avisos feitos pelas agências de notação financeira, também o anúncio de propostas de alteração à regulação na banca norte-americana levou a um aumento da ansiedade dos investidores.

A divulgação de resultados deverá ser outro foco de ansiedade. A pressão para o crescimento dos lucros sustentados nas receitas é grande e a apresentação de números desapontantes poderá levar a um aumento da volatilidade.

Mas a grande incerteza que os mercados enfrentam em 2010 tem que ver com o modo como as autoridades mundiais vão agilizar a retirada dos planos de estímulos económicos e fiscais. Uma saída prematura ou tardia pode ter efeitos negativos nos mercados, pelo que a estratégia de retirada terá que ocorrer no "timming" certo.

Por tudo isto, os investidores mais arrojados que queiram diversificar a sua carteira de investimentos têm aqui uma oportunidade interessante. O Crédit Agricole comercializa em Portugal dois fundos que permitem beneficiar com a volatilidade das bolsas.




Vantagens
As incertezas quanto ao ritmo da retoma económica mundial deverão aumentar a ansiedade dos mercados.
Possibilidade de diversificar a carteira de investimentos.


Desvantagens
Maior incerteza quanto aos retornos da carteira, dependendo da evolução da economia.
Possibilidade de economia encetar recuperação sustentada, propiciando um cenário de menor incerteza.


Tipo de investidor
O investimento em fundos de volatilidade destina-se a investidores mais agressivos, que estejam preparados para uma maior flutuação da carteira. Deve ser entendido como diversificação de investimento.





Conheça dois fundos que apostam na volatilidade


O CAAM Funds Dynarbitrage Volatility tem o seu principal foco de investimento na dívida. A aposta do fundo gerido pelo Crédit Agricole centra-se nas arbitragens da volatilidade dos instrumentos financeiros a prazo e das obrigações convertíveis, permitindo aos investidores ganhar com a volatilidade destes activos. Mais de 95% do capital está investido na Zona Euro.Enquanto o primeiro produto se foca na dívida, este fundo reflecte o aumento da volatilidade nas bolsas da Zona Euro.
O produto gerido pelo banco francês tem 88,9% do capital aplicado em tesouraria.
No último ano, o CAAM Funds Volatility EuroEquities valoriza mais de 3% e nos últimos três anos acumula ganhos superiores a 11%.


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