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Exchange Traded Funds - Siga um índice sem perder tempo e a pagar pouco

Para quem não tem tempo e disponibilidade para seguir de perto os investimentos, os ETF são uma opção flexível, barata e diversificada. O risco é o da queda do índice subjacente e os ganhos estão limitados aos do mercado.

07 de Abril de 2008 às 13:25
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Nada na vida é mais fácil do que deixar-se ir atrás dos outros, sem grandes preocupações ou esforços desnecessários. Sobretudo, quando a direcção da “corrente” poderá ser-lhe favorável. É, justamente, esta simplicidade que torna os “Exchange Traded Funds” (ETF) tão apetecíveis para quem não quer perder tempo, nem muito esforço, com o seu investimento. E a preços bastante mais baixos, além das vantagens fiscais. Isto porque estes fundos de investimento, cotados em bolsa, se limitam a seguir os índices bolsistas, funcionando como uma espécie de “sombra” da tendência dos mercados. No entanto, não oferecem qualquer margem para ambições. Nos ETF, os ganhos acima do mercado não passam de ilusão.

Investir num ETF é tão simples como comprar uma acção. Por serem fundos cotados em bolsa, podem ser comprados e vendidos em qualquer altura da sessão. Quem investe pode, assim, aproveitar um preço mais baixo durante o dia para comprar, o que não é possível nos fundos de investimento tradicionais que estão limitados aos preços de fecho do mercado. Mas, ao contrário das acções, o investidor não se expõe ao risco de uma única empresa, ou de outro qualquer activo isolado, já que estes fundos têm como objectivo replicar índices. O que lhes dá exposição a um número muito diversificado de activos, tanto quantos os que integram o respectivo índice.  A elevada liquidez dos ETF é ainda reforçada pela existência de contratos de liquidez de mercado, que são, assim, um factor de segurança para os investidores.

É certo que o risco de investir num ETF é alto, dado que o índice subjacente tanto pode subir como cair, mas nunca tão alto como investir num conjunto restrito de acções. E poderá ser mesmo anulado se o investidor for persistente e conseguir resistir à tentação de vender nos momentos de queda do índice, já que a história recente mostra que é possível anular os diferentes “crashes”. O índice S&P 500, um dos subjacentes com mais ETF no mundo, valoriza mais de 454% nos últimos 20 anos, apesar dos “acidentes” no percurso.

A gestão passiva faz dos ETF um produto barato. Na maioria das instituições, a comissão mais alta a pagar pela gestão atinge os 0,50%, sendo que muitos ETF não cobram qualquer valor. A par do baixo custo, estes produtos têm, também, uma “mão” fiscal mais leve. Tal como as acções, são tributados a 10% sobre mais-valias até um ano, e a 0% a partir do segundo ano. Nos fundos de investimento estrangeiros, a cotação é bruta, sendo tributado 20% sobre mais-valias sem prazo, enquanto nos fundos portugueses a tributação está implícita na rendibilidade.

Simples, flexíveis e baratos, os ETF são ainda uma porta de entrada no enorme universo dos mercados mundiais. Num único instrumento, o investidor consegue aceder a uma multiplicidade de países, acções, obrigações, matérias-primas, sectores ou estratégias (crescimento ou valor). Um universo de investimento que, contudo, exclui Portugal, uma vez que não existem ETF cotados na bolsa portuguesa.

Dois dos ETF mais populares no mundo estão em Portugal

Fonte: Bloomberg

Este ETF segue a “performance” do índice tecnológico americano Nasdaq 100. Este ano, está a ser muito penalizado pela crise financeira mundial. Perde quase 11%. Com o nome sugestivo de “diamantes”, este ETF replica o índice americano Dow Jones Industrial. Mas o seu desempenho reluz mais no longo prazo.

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