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Energias alternativas

A rapidez com que Obama lançou incentivos à produção de energias alternativas aumentou as oportunidades de investimento.

18 de Fevereiro de 2009 às 14:52
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Há muito que o sector das energias alternativas é apontado como um dos temas mais fortes no mundo do investimento. São conhecidos os argumentos que suportam o seu potencial de crescimento, os quais assentam, fundamentalmente, na necessidade cada vez maior de desenvolvimento de fontes de energia alternativas ao "esgotável" petróleo.

Tem sido este o pilar da crescente popularidade do sector junto dos investidores, mesmo os particulares. No entanto, os frutos desta aposta teimam em não chegar, à medida em que os resultados da implementação prática das energias "verdes" não dá resultados, pelo menos de uma forma sustentada. Mas o tema está a ganhar novo ímpeto, com as mudanças na administração norte-americana.

Confesso defensor de soluções alternativas ao petróleo, o novo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, prometeu impulsionar o sector. E já está a fazê-lo. Logo nas primeiras semanas na liderança da Casa Branca, lançou um plano para o investimento de 150 mil milhões de dólares (o equivalente a 116,2 mil milhões de euros) nas chamadas energias "limpas", durante a próxima década. Além deste pacote, Obama aprovou ainda um projecto que visa duplicar a produção de energia renovável nos próximos três anos.

É, justamente, a velocidade com que o plano de investimentos de Obama está a ser concretizado que surpreende o mercado e faz antever um futuro próximo risonho para quem estiver disposto a assumir o risco de investir neste tema.

"Esperava que as medidas de Obama fizessem parte do conjunto de políticas de energias limpas a apresentar ao Congresso nos próximos dois anos. No entanto, as questões energéticas e ambientais estão incluídas no plano de estímulo à recuperação da economia. A melhor notícia para quem investe nestas energias é que esse plano é prioridade absoluta do presidente. Por isso, o impacto na indústria será muito mais imediato do que eu imaginava inicialmente", refere o Robin Batchelor, gestor do fundo BGF New Energy, citado pela revista "Citywire".

Os "olhos" da administração democrata vão estar concentrados, em particular, na geração de energia eólica e solar, uma vez que o objectivo de Barack Obama é o de introduzir recursos renováveis nos grandes centros populacionais do país.

Está criado, assim, um novo dinamismo para este sector, que vem reforçar a confiança dos gestores de fundos de investimento no tema das energias alternativas. O gestor do "Parvest Global Environment", do BNP Paribas, Bruce Jenkyn-Jones, admite mesmo, numa nota de gestão publicada no sítio do banco na Internet, que "sem dúvida que uma boa parte dos nossos resultados [em 2009] será obtida nos Estados Unidos e muitas posições deverão beneficiar com os diversos planos de relançamento".


Oportunidades
Perspectivas de crescimento do sector a curto e médio prazo, potenciado pelo pacote de investimento do novo presidente dos EUA;

É um dos temas de futuro no mundo dos investimentos.



Riscos
Potencial de perdas no curto prazo;

Elevada volatilidade dos activos e das receitas;

Risco de regulação, associado à elevada dependência de decisões políticas no processo de licenciamento e de construção dos projectos.



Tipo de investidor
Por se tratar de um investimento, sobretudo, em acções, é uma aposta de risco, destinada a quem esteja preparado para perder dinheiro e não tenha necessidade de liquidez imediata. O investimento não deverá superar 10% do total das aplicações financeiras do investidor individual.



Dois fundos para os investidores nacionais arrojados




Constituído há menos de um ano, este fundo é a mais recente aposta do BNP Paribas na área das questões ambientais. Investe em empresas de dimensão média, o que aumenta o risco. Isso é visível nas perdas de 19% desde a estreia. Porém, tem uma carteira sectorialmente diversificada, o que permite não estar sobreexposto a um sector. As energia limpas representam 20% da carteira.











Sendo um Fundo Especial de Investimento, o seu património está disperso por diversos fundos especializados nas áreas de energias renováveis e ambiente. É um produto de risco e com um retorno muito volátil. No último ano, rendeu apenas 0,11% e, estendendo para um período de dois anos, acumulou perdas de 7,58%, segundo os últimos dados da associação do sector.


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