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EDP: Uma boa "aposta" para "jogar" à defesa

A EDP é uma das cotadas mais "seguras" da bolsa de Lisboa. Uma empresa que, dada a previsibilidade das suas receitas, foi capaz de oferecer aos investidores o "refúgio" necessário para enfrentar a turbulência nos mercados. Mas que acabou desprezada ao primeiro sinal de recuperação da economia.

30 de Junho de 2009 às 15:03
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A Energias de Portugal (EDP) é uma das cotadas mais "seguras" da bolsa de Lisboa. Uma empresa que, dada a previsibilidade das suas receitas, foi capaz de oferecer aos investidores o "refúgio" necessário para enfrentar a turbulência nos mercados. Mas que acabou desprezada ao primeiro sinal de recuperação da economia.

Falhou o "rally", o que a deixa, agora, mais atractiva, e que lhe valeu a ascensão ao "lote" das oportunidades.

"A determinada altura [no início de Março] houve uma forte aposta dos investidores em empresas mais cíclicas", na expectativa de que a recuperação da economia, que "estava à beira do colapso no início de Março", fosse rápida, sublinhou ao Negócios um analista que preferiu não ser identificado. A perspectiva fez disparar as acções. Muitas até conseguiram duplicar de valor.

Quando surgiram indicadores que mostram que a recuperação poderá não ser tão rápida quanto o previsto, arrancou a correcção dos excessos. Esta visão levou, recentemente, o UBS a aconselhar o investimento nas "utilities". E a incluir a EDP no lote das empresas "preferidas". Porquê? Entre as várias razões está o fraco desempenho bolsista mais recente. Desde o início de Março, a empresa liderada por António Mexia subiu 14%. O DJ STOXX Utilities ganhou 17% e o PSI-20 disparou 22%.

Este desempenho inferior acabou por ser positivo, abrindo uma "janela de oportunidade" para os investidores, no sentido em que cotadas como a EDP ficaram "baratas", por comparação com títulos dos sectores mais beneficiados com o "rally" dos mercados accionistas. Além disso, e mais importante, para o UBS, é o facto de estas cotadas apresentarem dividendos "atractivos".

"Penso que os investidores deveriam estar a apostar em empresas como a EDP", sublinhou ao Negócios um analista. "É um título muito defensivo, mas que apresenta uma remuneração accionistas muito atractiva". A eléctrica pagou, este ano (com base nos lucros de 2008) 0,14 euros por acção, o representa uma rendibilidade do dividendo de 5%. E nos próximos anos a remuneração vai continuar a aumentar, em 1,5 cêntimos ao ano, até 2012, metas que a empresa reafirmou na semana passada.

Além disso "tem exposição ao crescimento da EDP Renováveis", empresa que há um ano fez furor entre os investidores, e atirou as acções da eléctrica para máximos. Neste sentido, e de acordo com o mesmo analista, "os investidores devem sobreponderar empresas como a EDP face a títulos de outros sectores [mais cíclicos]", também porque é uma cotada com "uma grande solidez financeira" e uma gestão "que já provou ser capaz".

"A EDP já deveria ter arrancado [em bolsa]", e só não o fez porque os investidores têm procurado ganhos no curto prazo. No longo prazo, a EDP é uma boa "aposta". A grande maioria dos analistas que segue os títulos da empresa liderada por António Mexia tem essa opinião, com 10 dos 21 analistas a recomendarem "comprar" EDP e sete a aconselharem "manter". A avaliação média dos bancos de investimento é de 3,63 euros, o que confere às acções uma margem de progressão de 29,1% face à cotação actual.



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