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Carteiras aguardam clarificação económica

Ainda há sinais contraditórios na economia e na bolsa que não permitem aos supermercados de fundos rever definitivamente os portefólios sugeridos. Assim, em Outubro, os responsáveis dos bancos não procedem a qualquer alteração às carteiras prudentes e agressivas.

27 de Outubro de 2010 às 09:00
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Conheça oito carteiras de fundos




As carteiras prudentes foram construídas para um prazo de investimento de três anos e são destinadas a aforradores conservadores que não aceitam perdas anuais superiores a 4%.

As carteiras agressivas estão desenhadas para um prazo de investimento mínimo de cinco anos e com um limite de perdas anuais até 10%.





ActivoBank
Alemanha começa a render

Depois de vários meses a apostar na recuperação do mercado accionista japonês, o ActivoBank trocou a posição no fundo de acções do Japão que tinha no portefólio agressivo por um fundo de acções da Alemanha no mês passado. "A economia alemã registou no segundo trimestre de 2010 o seu melhor desempenho desde a reunificação em 1990. As exportações subiram 30 por cento no último ano, beneficiando da quebra do euro, em especial para mercados emergentes.

A actual taxa de desemprego é mais baixa do que no início da crise, o que progressivamente deverá dinamizar o consumo interno", justificaram os responsáveis da Direcção de Marketing do banco em Setembro. Logo no primeiro mês, o Fidelity Germany, o fundo de acções alemãs eleito pelo ActivoBank, deu bons frutos. Desde a publicação da última carteira, no final de Setembro, o fundo da Fidelity rendeu 3,42 por cento, o valor muito próximo do desempenho do índice Dax 30 da bolsa de Frankfurt. O Fidelity Germany foi conduzido pelo forte avanço superior a 4 por cento da Siemens, a principal aposta do fundo, ao absorver quase um décimo dos recursos disponíveis dos gestores.

Embora o Fidelity Germany tenha sido o fundo na carteira agressiva que mais avançou desde o final de Setembro, foi o UBS SF Equity (EUR) que mais contribuiu para o avanço da estratégia do ActivoBank. Esse produto da UBS, que valorizou 1,77 por cento desde então, representa 50 por cento do portefólio desenho pelo banco.





Banco Best
Eleições no Brasil animam fundo

Entre os vários fundos escolhidos pela Direcção de Investimentos do Banco Best para povoar as suas carteiras prudente e agressiva, o DWS Brazil foi o que mais avançou desde a última edição das recomendações de fundos dos bancos. O produto, gerido por Florian Tanzer em Frankfurt, subiu 4,67 por cento desde então, conduzido pelas acções do Banco Bradesco, do Itaú Unibanco, da Vale e da Ambev, as principais apostas do gestor. Desde que foi anunciada a segunda volta nas eleições presidenciais no Brasil, os mercados accionistas brasileiros andam fortemente animados. Na segunda semana de Outubro, o índice Bovespa, da praça de São Paulo, registou o maior ganho semanal desde Maio de 2009, relatou a agência Bloomberg.

Os analistas defendem que a possibilidade de José Serra, o candidato do Partido da Social Democracia Brasileira, ganhar estas eleições é positivo para as companhias estatais, como a Electrobras. "Com um governo liderado por Serra há espaço para privatizações e menos pressão para as empresas terem compromissos políticos", disse à Bloomberg Fausto Gouveia, economista-chefe da Legan Administração de Recursos. Contudo, as últimas sondagens ainda colocam Serra seis pontos percentuais atrás de Dilma Rousseff, a candidata do Partido dos Trabalhadores, que tem o apoio do actual presidente Lula da Silva. Os investidores só saberão o desfecho desta telenovela no próximo domingo, quando se realizar o segundo turno das eleições.





Banco BIG
Dólar empurra ganhos para baixo

Tal como em Setembro, o movimento do dólar revelou-se negativo para as escolhas de fundos do Banco Big, porque muitos deles estão cotados na divisa estado-unidense. No portefólio recomendado aos investidores prudentes, o Amundi Global Aggregate, que aposta em obrigações mundiais, foi o que mais desvalorizou. Desde o lançamento do último pacote de recomendações do banco, o fundo deslizou cerca de quatro por cento, ligeiramente menos do que a perda do dólar. Hervé Hanoune, o gestor responsável pelo produto da Amundi, tem títulos de todos os cantos do globo, das obrigações da cervejeira belga Anheuser-Busch Inbev às dívidas soberanas dos Estados Unidos da América, do México e da França. "Continuaremos a sobreponderar a exposição ao segmento de obrigações diversificando a alocação entre emergentes, soberanos europeus e empresas", avisa Rui Broega, director da gestão de activos do Banco Big.

Na carteira agressiva também foi um fundo da Amundi cotado em dólares que mais perdeu. O Amundi Volatility World Equities, gerido por Gilbert Keskin, desceu cerca de 4,4 por cento desde o final de Setembro. Este fundo procura ganhar uma rendibilidade bruta anual (em dólares) de 7 por cento através de uma exposição à volatilidade dos principais mercados mundiais de acções. No último ano, isso não aconteceu: o fundo alcançou uma rendibilidade bruta de 4,33 por cento. Para os investidores que têm os portefólios denominados em euros, o ganho do Amundi Volatility World Equities foi superior a 10 por cento nos últimos 12 meses.





Deutsche Bank
América em contrapasso

O primeiro mês do fundo Parvest Equity USA na carteira agressiva definida pelo Deutsche Bank, que veio substituir o DWS Invest US Value Equities, não foi positivo. O produto, que é gerido por Hubert Goyé, desvalorizou cerca de 1,7 por cento desde que foi publicada a última edição das recomendações dos supermercados de fundos, no dia 27 de Setembro. Essa variação teve um impacto profundo no desempenho da carteira recomendada já que o Parvest Equity USA representa 41 por cento do portefólio. A selecção de acções para a carteira do fundo da BNP Paribas Investment Partners é realizada através de um modelo quantitativo específico para o mercado norte-americano. De acordo com o último relatório do fundo, de Agosto, o portefólio está concentrado em 52 títulos, dos quais se destacam a IBM, a General Mills e a Autozone, uma retalhista de peças e acessórios automóveis.

O BlackRock Emerging Markets foi o fundo que mais contribuiu positivamente para a carteira prudente indicada pela Direcção de Investimentos do Deutsche Bank. O fundo rendeu 2,85 por cento desde o final de Setembro. "[O] maior crescimento económico e dos resultados e maiores ROE [rendibilidade dos capitais próprios] sugerem uma 'overperformance' relativamente aos mercados desenvolvidos", defendem os especialistas da sucursal portuguesa do banco alemão. Para eles, os mercados asiáticos serão os mais beneficiados. É, no entanto, preciso salientar que a carteira prudente do Deutsche Bank não cumpre os requisitos exigidos pelo Negócios: tem nove fundos, quando o máximo é de oito produtos.




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