Os gestores dos maiores "hegde funds" do mundo vão poder reunir-se com alguns dos seus maiores críticos nos últimos meses, as maiores economias do mundo. Em cima da mesa de reuniões vai estar o debate sobre a necessidade de regular estes fundos, que têm na liberdade de actuação a sua principal vantagem competitiva, e o modo de o fazer.

O encontro vai decorrer no sábado, num encontro do G7, para que depois o grupo das oito maiores economias mundiais (G8), o discuta na sua próxima reunião.

E o país de onde têm saído as maiores críticas ao funcionamento dos "hedge funds", a Alemanha, é que vai proporcionar este primeiro encontro. A chanceler alemã, Angela Merkel, que tem a presidência do G8 em 2007, quer que este tema seja central no próximo encontro do grupo, mesmo para países que defendem a liberdade de actuação dos "hedge funds", como os EUA ou o Reino Unido.

Ainda ontem, o presidente da Reserva Federal, Ben Bernanke, afirmou que o próprio mercado faz uma boa regulação destes fundos que apenas têm de seguir uma legislação bastante leve. Para ele isto funciona bem, até porque os investidores destes produtos, por serem muito sofisticados, têm perfeita noção dos riscos a que se expõem quando investem em "hedge funds".

No entanto, a Alemanha quer uma regulação mais apertada. Um membro do Governo de Berlim afirmou ao Financial Times que "tem de se que controlar a indústria (de "hedge funds") devido à natureza internacional dos mercados", acrescentando que se "não se apertar a regulação, os fundos vão sempre conseguir contornar as regras que lhes são impostas".