A Europa continua ser um dos locais mais rentáveis onde investir. Os fundos especializados em acções desta região estão entre os que conseguiram melhor rendibilidade do Mundo nos primeiros três meses de 2007. Dados da Lipper revelam que os fundos de investimento em acções europeias conseguiram, em média, um retorno de 4,28%.

À sua frente, apenas ficaram os fundos que apostam na região da América do Sul, com uma rentabilidade de 4,6% entre Janeiro e Março. A categoria de acções da região do Pacífico "pagou" o mesmo que os fundos de acções europeias. Se a prestação continuar assim até ao final do ano, podem-se esperar novamente retornos superiores a 15% em 2007 nas acções do Velho Continente.

A sustentar as boas performances dos fundos que apostam em mercados europeus esteve, essencialmente, uma fuga do investimento em acções de mercados emergentes para bolsas mais maduras, depois da queda sentida nas bolsas mundiais no final de Fevereiro e início de Março. As bolsas de países emergentes foram as mais afectadas com a saída de liquidez. Além disso, os principais factores que suportavam a evolução positiva das bolsas europeias - crescimento económico e grandes operações de concentração de empresas - mantêm-se.

Tom Roseen, analista sénior da Lipper, que apresentou os dados em conferência telefónica, explicou que a categoria de fundos da Europa poderá ser das que mais beneficiará da saída de liquidez dos mercados asiáticos. A aversão ao risco é uma das principais razões da circulação de capital.

Nas restantes categorias, os fundos com melhor rentabilidade foram os de acções de empresas de pequena e média capitalização, com um retorno de cerca de 6,15% em três meses. As "big caps" continuam a ser as que apresentam os piores retornos, com uma subida média de 3,22% nos primeiros três meses.

Em termos de sectores, os fundos que apostam nas "utilities" continuam a ser os mais rentáveis. Até Março, conseguiram valorizar 7,74%.

Quanto aos fundos de taxa fixa, a prestação foi globalmente positiva, com esta categoria a beneficiar da corrida às obrigações depois da queda dos mercados accionistas.