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Fundo soberano da Noruega continua proibido de investir em não cotadas
O fundo soberano norueguês, o maior do mundo, vai continuar a estar impedido de investir em empresas não cotadas, de acordo com a proposta do governo norueguês.
"Os investimentos de capital em acções não cotadas contrariariam o modelo de gestão baseado na transparência, baixos custos de gestão e um nível limitado de gestão activa. Após uma avaliação geral, o governo não propõe abrir a porta ao fundo para os investimentos em acções de empresas não cotadas", refere o Livro Branco apresentado ao parlamento norueguês.
O fundo, por seu turno, argumenta que o investimento em empresas não cotadas permitiria melhorar o equilíbrio entre risco e rentabilidade, referindo a Uber ou a Airbnb como oportunidades de negócio perdidas devido às actuais restrições.
O fundo tem "luz verde" para adquirir posições em empresas que tenham manifestado a intenção de entrar em bolsa, assinala o ministério das Finanças norueguês.
O Livro Branco permite ainda que o Norges Bank invista em projectos de infra-estruturas de energias renováveis por empresas não cotadas, no âmbito do mandato ambiental actual do fundo.
No ano passado, o fundo norueguês obteve uma rentabilidade média de 13,66%, quase o dobro dos 6,92% registados em 2016. Assim, em 2017 os lucros ascenderam a 1,03 biliões de coroas norueguesas (106.407 milhões de euros).
Na última década, a rentabilidade média do fundo é de 6,2%, valor que desce para os 6,1% desde a sua fundação, em 1998.
Em Portugal, o Norges Bank contava com participações em 22 cotadas, tendo reforçado o seu investimento no ano passado para 1,17 mil milhões de euros.