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Maior fundo soberano do mundo ganhou 20 mil milhões no trimestre

A aposta nas acções norte-americanas e nas petrolíferas impulsionaram o retorno do fundo soberano da Noruega, que gere uma carteira de activos superior a 1 bilião de dólares.

Nuno Carregueiro nc@negocios.pt 21 de Agosto de 2018 às 12:54

O fundo soberano da Noruega, que é considerado o maior investidor do mundo pois a carteira de activos supera o bilião de dólares, regressou aos ganhos no segundo trimestre.

 

Entre Abril e Junho, alcançou ganhos de 167 mil milhões de coroas norueguesas (20 mil milhões de dólares), o que representa uma taxa de rendibilidade de 1,8%. Um desempenho que mais do que compensou as perdas sofridas no primeiro trimestre e que coloca a rendibilidade acumulada no semestre em 0,24%. Ainda assim, o retorno alcançado no segundo trimestre está 0,2 pontos percentuais abaixo do "benchmark", refere um comunicado do fundo.

 

O Norges Bank - banco central norueguês e gestor do maior fundo soberano mundial – beneficiou sobretudo com o desempenho positivo das acções norte-americanas e das cotadas ligadas ao petróleo e ao gás (ganho de 13%), curiosamente um sector em que está a pensar deixar de investir devido a questões ambientais. A Apple, Amazon e Microsoft são as maiores apostas do fundo, pelo que a evolução positiva destas tecnológicas terá sido determinante para a prestação positiva no segmento accionista.

 

Em sentido inverso, o fundo perdeu 5,7% nas acções dos mercados emergentes e 4% nas chinesas, enquanto o sector com piores resultados foi o financeiro (-1,4%), destacando-se a exposição ao espanhol Santander.  

 

O fundo tem a maior exposição às acções (peso de 66,8% na carteira) e neste segmento obteve um retorno de 2,7%, enquanto no mercado obrigacionista a rendibilidade foi nula. O imobiliário gerou um retorno de 1,9%.  

 

Considerado o maior investidor do mundo, calcula-se que o Norges Bank controle cerca de 1,4% da capitalização bolsista mundial, uma exposição em linha com a registada na bolsa portuguesa, onde tem participações qualificadas (acima de 2%) em diversas cotadas.

 

Apesar do desempenho positivo no segundo trimestre, o fundo está cauteloso para a segunda metade do ano, citando as preocupações com os eleitos da guerra comercial. "A perspectiva de um aumento das barreiras comerciais é algo que está no topo da agenda de todos", disse Trond Grande, vice-CEO do fundo. "É justo dizer que o aumento das barreiras comerciais, ou mesmo uma guerra comercial, não será benéfico para o fundo como investidor de longo prazo".

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