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Fundo soberano da Noruega perde 56 mil milhões em 2018, primeiro prejuízo em sete anos

O maior fundo do mundo foi penalizado pela queda das ações globais no ano passado. Uma queda provocada, em parte, pela guerra comercial entre os EUA e a China.

Bloomberg
27 de Fevereiro de 2019 às 10:49
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O fundo soberano da Noruega registou em 2018 o primeiro prejuízo em sete anos. Este resultado deveu-se à elevada volatilidade nos mercados de ações, num cenário dominado pelos receios em torno da guerra comercial entre os EUA e a China. 

 

"2018 foi um ano de expectativas de crescimento contrastantes e apreensão relativamente aos efeitos do aumento das barreiras comerciais", afirmou Yngve Slyngstad, CEO do fundo soberano da Noruega, citado pela Bloomberg.

 

De acordo com o responsável, os "receios em torno do crescimento económico aumentaram no quarto trimestre, incitando a uma queda do valor das ações, incluindo as norte-americanas".

 

Neste cenário, o fundo soberano da Noruega registou um prejuízo de 485 mil milhões de coroas norueguesas (56,4 mil milhões de dólares) em 2018, uma queda de 6,1% em comparação com o mesmo período do ano anterior, anunciou em comunicado

Foi o desempenho no quarto trimestre que ditou o acentuado retorno negativo em 2018. O investimento em ações gerou uma perda de 9,5%, enquanto o imobiliário valorizou 7,5%.

 

No final do ano passado, o fundo investiu em 73 países. Cerca de 34,1% do investimento foi na Europa, abaixo dos 36% no período homólogo. Já a aposta na América do Norte aumentou para 43% em comparação com os anteriores 41%, enquanto na Ásia e Oceânia este recuo para 19,3% face a 19,6%.

 

Quanto ao tipo de ativos, a aposta em ações recuou 9,5% ao longo do último ano, com o fundo a comprar cerca de 185 mil milhões de coroas norueguesas em ações no quarto trimestre, que foi o período de maior turbulência nos mercados acionistas. Já o investimento em obrigações aumentou 0,6% e em imobiliário cresceu 7,5%.

 

O fundo soberano da Noruegua, que detém em média 1,4% dos títulos globais, está à mercê dos mercados quando as ações caem. No final do ano passado, estas recuaram acentuadamente, levando os índices globais a afundarem, mas têm conseguido recuperar este ano.

As maiores apostas do fundo em ações foram na Microsoft, Apple e Alphabet. Já nas obrigações, os investimentos mais expressivos foram na dívida norte-americana, japonesa e alemã. 

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