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Afinal, maior fundo soberano do mundo deve continuar a investir em petróleo

O fundo soberano da Noruega quer deixar de investir em acções de petróleo e gás. Mas uma comissão criada pelo Governo para analisar esta possibilidade recomenda exactamente o contrário. Decisão está nas mãos do Executivo.

Bloomberg
24 de Agosto de 2018 às 10:59
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O fundo soberano da Noruega, que é considerado o maior do mundo, quer deixar de investir em acções de petrolíferas. Mas não deverá ser assim tão simples: a comissão criada pelo Governo para analisar esta possibilidade recomenda exactamente o contrário. Cabe agora ao Executivo tomar esta decisão, o que deve acontecer no final do ano.

"Desinvestir em acções de energéticas no fundo soberano da Noruega não é uma protecção garantida contra uma queda permanente dos preços do petróleo", afirma Oystein Thogersen, presidente da comissão criada pelo Governo, num comunicado citado pela Bloomberg.

Foi no ano passado que o fundo soberano da Noruega, cuja carteira de activos supera o bilião de dólares, alertou que o país estava demasiado exposto à volatilidade dos preços do "ouro negro". Quis, por isso, reduzir o número de acções de petróleo e gás que detém: são ao todo mais de 40 mil milhões de dólares em títulos deste sector.

Estas declarações agitaram os mercados globais e levaram o Governo da Noruega a criar um grupo de especialistas para analisar a possibilidade de o maior fundo do mundo vir a diminuir a exposição às energéticas. Uma comissão que recomendou agora exactamente o contrário daquilo que o fundo pretendia: a entidade deve continuar a investir na matéria-prima.

O petróleo tem contribuído fortemente para os resultados do fundo. Entre Abril e Junho, alcançou ganhos de 167 mil milhões de coroas norueguesas (20 mil milhões de dólares), o que representa uma taxa de rendibilidade de 1,8%. Um desempenho que beneficiou sobretudo da valorização das acções norte-americanas, mas também das cotadas ligadas ao petróleo e ao gás (um ganho de 13%).

O Executivo vai agora analisar a recomendação do grupo de trabalho antes de remeter esta questão para o Parlamento, considerando que tem "bases sólidas para tomar uma decisão", que deverá chegar no final do ano.

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