As principais praças norte-americanas inverteram para terreno negativo ao final do dia, tendo acabado por encerrar no vermelho, penalizadas pela divulgação de que o crescimento económico foi fraco nalgumas regiões dos EUA e devido aos receios de que a BP tenha de cortar o seu dividendo para pagar pela maré negra no Golfo do México.

Estes novos dados penalizaram fortemente os títulos financeiros e energéticos, levando os principais índices do outro lado do Atlântico a fechar em queda.

As bolsas tinham aberto em alta, impulsionadas pelo anúncio de um aumento das exportações chinesas e pela expectativa de que o Livro Bege da Fed, divulgado às 19h de Lisboa, apresentasse evidências de que a economia dos EUA consegue suportar a crise da dívida soberana na Europa.

O índice industrial Dow Jones fechou a ceder 0,41%, fixando-se nos 9.899,25 pontos. O S&P 500 perdeu 0,60% para se estabelecer nos 1.055,65 pontos. Por seu lado, o índice tecnológico Nasdaq desvalorizou 0,54% para 2.158,85 pontos.

Os títulos da BP afundaram 16%, a maior queda desde pelo menos 1980, arrastando consigo as cotadas do sector listadas no Standard & Poor’s 500.

O Wells Fargo, o Bank of America e o JPMorgan Chase lideraram as perdas entre os títulos da banca.

Tendência contrária teve a Viacom, ao subir 3,2% depois de aprovar um dividendo trimestral e um plano de recompra de acções.

Cafeína da Google não ajuda tecnológica

A Google apresentou hoje o seu ‘Google Caffeine’, que aposta num novo sistema de indexação das buscas e promete uma actualização mais rápida das páginas de Internet que estão a ser visualizadas, mas esta cafeína acabou por não conseguir dar a energia necessária à tecnológica, que encerrou a perder mais de 1%.

A Reserva Federal norte-americana disse, no seu Livro Bege, que a economia melhorou nos 12 distritos distritos da Fed nos meses de Abril e Maio. No entanto, referiu que o ritmo de crescimento em muitos desses distritos foi “modesto”, o que desanimou os mercados.

Além disso, a petrolífera britânica poderá ter de cortar na distribuição dos dividendos para poder suportar os elevados custos de limpeza da maré negra no Golfo do México, o que penalizou os títulos ligados à energia.

Veja também:
As cotações dos principais índices

A evolução das acções do Dow Jones e Nasdaq 100