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Wall Street encerra a subir após demissão de Rumsfeld
O mercado norte-americano oscilou hoje sobretudo ao sabor das notícias de carácter político, com a vitória democrata nas eleições intercalares a ditarem a queda da bolsa e a demissão de Rumsfeld a revitalizar os títulos. No fim, a bolsa fechou a subir.
O mercado norte-americano oscilou hoje sobretudo ao sabor das notícias de carácter político, com a vitória democrata nas eleições intercalares a ditarem a queda da bolsa e a demissão de Rumsfeld a revitalizar os títulos. No fim, a bolsa fechou a subir.
O S&P500 encerrou a ganhar 0,21% para os 1.385,72 pontos, o Dow Jones [indu] valorizou 0,16% para os 12.176,54 pontos e o Nasdaq [ccmp] subiu 0,38% para os 2.384,94 pontos.
A mudança de cores no Congresso dos EUA, com os Democratas a conquistarem o controlo da Câmara de Representantes aos Republicanos ao fim de 12 anos, não foi brindada com ganhos expressivos nos mercados financeiros.
Por um lado, a nova posição dos Democratas não lhes vai permitir, de qualquer forma, efectuar alterações legislativas de peso, pelo menos enquanto os Republicanos continuarem na Casa Branca, revelam os analistas.
Por outro lado, teme-se que este seja o princípio do fim da política de redução de impostos seguida pela Administração de George W. Bush.
Segundo os especialistas norte-americanos citados pela agência Bloomberg, a acção democrata está "fechada a cadeado" e enquanto for Bush a ter a chave, dificilmente as propostas democratas passarão do papel. Por esta razão, os analistas não prevêem grandes alterações legislativas a partir de agora.
A dominar a incerteza do mercado accionista ao longo do dia esteve também o facto de, até ao momento de fecho, não estar concluída a contagem dos votos e, por isso, não se saber quem irá dominar o Senado dos EUA.
Um outro factor que dominou o dia, desta feita com efeitos positivos nas bolsas, foi a demissão do Secretário da Defesa dos EUA, Donald Rumsfeld. Os analistas consideram que este é um sinal credível de que a política norte-americana em relação ao Iraque vai mudar.
Perante as notícias do dia, os títulos relacionados com a defesa e com as farmacêuticas sofreram fortes quedas ao longo da sessão. A Lockheed Martin recuou 1,14% para os 86,49 dólares.
Por seu lado, a Pfizer e a Merck deslizaram, respectivamente, 2,49% e 26,62%. A política dos Republicanos em relação às farmacêuticas é, por norma, mais favorável do que a dos Democratas, o que ditou as quedas.
Mas o dia não se fez só de quedas. As acções da petrolífera Exxon Móbil subiram 2,22% para os 74,14 dólares, impulsionadas pela valorização superior a 1% do petróleo, depois do Departamento de Energia dos Estados Unidos ter anunciado que as reservas de combustíveis e de matéria-prima ficaram aquém do esperado pelos analistas.