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Teixeira Duarte sobe em bolsa com resultados operacionais "fortes"

Apesar dos prejuízos, a construtora apresentou resultados operacionais "bem acima das previsões" do BPI, devido ao desempenho das unidades fora do sector da construção. A Soares da Costa surpreendeu com as contas mas continua a sofrer com custos extraordinários.

03 de Setembro de 2012 às 11:28
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A Teixeira Duarte está a subir perto de 5% na Bolsa de Lisboa, depois de ter apresentado “fortes resultados operacionais no segundo trimestre”, na opinião do BPI Equity Research. A construtora presidida por Pedro Teixeira Duarte apresentou “resultados operacionais bem acima das nossas estimativas devido ao forte desempenho das unidades não ligadas à construção”, de acordo com as estimativas da casa de investimento do BPI, cuja recomendação para a cotada é "reduzir", dado o preço-alvo de 0,20 euros.


Apesar de ter registado um resultado líquido de 10 milhões de euros no segundo trimestre do ano, o resultado operacional (EBITDA - resultados antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) foi de 31 milhões de euros no mesmo período, de acordo com o comunicado emitido na sexta-feira. A expectativa dos analistas Bruno Silva e Filipe Martins Leite apontava para 11 milhões de euros.

As receitas da Teixeira Duarte ascenderam a 305 milhões de euros no trimestre, o que representa uma quebra de 19% no segundo trimestre. A surpresa foi a subida do desempenho das unidades fora da construção: o volume de negócios dos segmentos do imobiliário, dos hotéis e das vendas a retalho superou as estimativas dos analistas do BPI.

A cotada está a subir 4,55% na Bolsa, um cêntimo, o que conduz os títulos aos 0,23 euros. Foram negociados 35.100 títulos do Teixeira Duarte, acima da média de 35.100 acções transaccionadas por sessão.

Soares da Costa com resultados “mais uma vez afectados por custos extraordinários”

Já a concorrente Soares da Costa ainda não negociou em Bolsa, estando inalterada nos 0,16 euros. A construtora reportou os resultados do segundo trimestre na sexta-feira mas, neste caso, foram as receitas da unidade de construção a surpreenderem pela positiva os analistas do BPI.

“As receitas da unidade de construção aumentaram 13% no trimestre e ficaram 23% acima das nossas estimativas, [comportamento] justificado pelos fortes resultados nas unidades internacionais”, comentam Bruno Silva e Filipe Martins Leite.

Na análise a todo o negócio, as receitas da Soares da Costa ficaram 22% acima da estimativa dos especialistas ao fixarem-se nos 221 milhões de euros. Um comportamento que não impediu a quebra do resultado para níveis negativos: o prejuízo cifrou-se em 8,7 milhões de euros no segundo trimestre, abaixo dos 8,5 milhões previstos.

Os custos não recorrentes, como as rescisões e as correcções fiscais, penalizaram as contas trimestrais da empresa sob o comando de António Castro Henriques. Os resultados foram, “mais uma vez, afectados por custos extraordinários”, indicaram os analistas. O BPI Equity Research atribui um preço-alvo de 0,30 euros, com uma recomendação de "vender", às acções da Soares da Costa.



Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de “research” emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de “research” na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

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