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Instabilidade nos mercados financeiros pode penalizar crescimento, diz FMI

A instituição liderada por Christine Lagarde prevê que a economia global cresça, em média, 3,9% entre 2017 e 2020. Mas há sérios riscos às suas previsões, numa altura em que se discute a normalização da política monetária nos Estados Unidos, que poderá pôr em risco a estabilidade financeira. De qualquer forma, o FMI aponta também que há margem para ser melhor do que o previsto.

Reuters
07 de Outubro de 2015 às 15:36
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Duas vezes por ano, o Fundo Monetário Internacional (FMI) pronuncia-se sobre a estabilidade financeira mundial. E este Outono não foi excepção, com a divulgação de mais um relatório, no qual o fundo elenca três cenários para a estabilidade financeira. No pior dos casos, a instituição liderada por Christine Lagarde prevê uma disrupção nos mercados financeiros e um crescimento mundial 2,4% inferior ao do cenário base (onde se prevê um crescimento de 3,9%).

Um crescimento acima do previsto, o fim da tomada de risco e a pacífica normalização monetária são alguns exemplos do que poderia ajudar à estabilidade nos mercados. Quem o diz é o FMI que, ainda assim, aponta que este cenário está acima das suas previsões. Para a instituição sediada em Washington, o crescimento mundial será medíocre, mantêm-se as políticas de ajustamento actuais e a política monetária evoluirá a ritmos diferentes entre as principais economias.

Mas há sérios riscos negativos, que poderão levar a uma "disrupção nos mercados de activos mundiais", considera. "A queda nos últimos seis meses das probabilidades implícitas nos mercados, de inflação abaixo do previsto na Zona Euro, não foi grande o suficiente para pôr fim aos elevados riscos de recessão e deflação na região", pode ler-se no Relatório de Estabilidade Financeira Mundial, publicado esta quarta-feira, 7 de Outubro. Além disso, aponta, "os dados do mercado sugerem que a primeira normalização monetária pela Reserva Federal dos EUA poderá ficar paralisada, provocando uma perda de dinamismo na actividade económica".

Mas este cenário inclui ainda uma "retracção no ciclo de crédito dos emergentes, acompanhada por desalavancagem desordeira", bem como a "descompressão abrupta dos prémios de risco devido à baixa liquidez do mercado". Feitas as contas, estima o FMI, "o crescimento agregado mundial poderá ser até 2,4% inferior em 2017, relativamente ao cenário base". A instituição estima actualmente um crescimento de 3,9%, entre 2017 e 2020.

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