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Saída da Exxon do Dow Jones 30 deixa índice quase órfão de petrolíferas

A próxima mudança no Dow Jones 30 vai ditar a saída da petrolífera norte-americana, numa altura em que está a ser fortemente penalizada pela pandemia. Agora, sobra apenas a Chevron neste lote.

Sebastien Pirlet / Reuters
26 de Agosto de 2020 às 12:50
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Em 2013, a Exxon Mobil era a empresa mais valiosa dos Estados Unidos com um capitalização de 415 mil milhões de dólares. A partir do próximo dia 31 de agosto, nem no lote das 30 empresas com mais influência no Dow Jones, ponderado pelo preço das ações, vai ter lugar. Assim, o índice ficará apenas com uma petrolífera: a Chevron.

A Exxon Mobil era a empresa mais antiga deste lote restrito, tendo ingressado em 1928, na altura ainda com o nome Standard Oil of New Jersey. A queda da empresa tem sido notória, se tivermos em conta que, em sete anos, o seu valor de mercado encolheu cerca de 235 mil milhões de dólares para menos de 180 mil milhões. 

Estas mudanças no índice norte-americano espelham a perda de influência que este setor tem tido em Wall Street. Mesmo no S&P 500, o índice de referência para o país, o peso das petrolíferas não chega aos 2,5%, deixando este setor como o menos influente entre os onze tipos de indústria representados. 

Tal representa uma queda considerável, uma vez que no final de 2011, as petrolíferas norte-americanas representavam 12% do S&P 500, de acordo com o analista Howard Silverblatt, citado pelo The Wall Street Journal. 

Este setor é o que está a ter o pior desempenho no S&P 500 este ano, com uma desvalorização de cerca de 40%, enquanto que o índice total acumula um ganho superior a 6%, em 2020. Mas a sua má prestação não se deve apenas à pandemia, porque também em 2018 e 2019 o setor petrolífero foi o pior "performer". 

Uma das razões centra-se no preço do crude WTI (West Texas Intermediate), que este ano desvalorizou cerca de 30% e vale agora pouco mais de 40 dólares por barril. Este ano, devido ao eclipse da procura, esta matéria-prima chegou a negociar em patamares negativos, pela primeira vez na sua história. 

Este ano, as ações da Exxon desvalorizaram cerca de 40%, enquanto a última resistente, a Chevron, viu os seus títulos perderem 29% do valor. A Exxon registou prejuízos nos dois primeiros trimestres de 2020, algo que não acontecia há mais de 20 anos.

Estas mudanças no Dow Jones 30 acontecem
 porque a Apple vai descer 17 lugares no ranking das mais influentes, após o seu "stock split". 

Assim sendo, a Salesforce.com vai substituir a Exxon Mobil, a Amgen vai ocupar o lugar da Pfizer e a Honeywell International vai entrar para o lote das 30 mais influentes, no lugar da Raytheon Technologies. As alterações irão ter lugar na abertura de Wall Street, no dia 31 de agosto. 


A média do índice Dow Jones é ponderada pelo preço das ações, o que significa que os títulos com o maior valor têm maior ponderação. Já o S&P 500, por outro lado, é baseado na capitalização de mercado, pelo que não irá sofrer qualquer alteração.

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