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Queda da PTM atenua impacto negativo do "spin off" na PT

A cerca de um mês da cisão, a PT Multimédia (PT) está a sofrer uma forte correcção em bolsa, um factor que poderá ser benéfico para os accionistas da Portugal Telecom (PT) na era pós "spin off". Em duas sessões, o título desceu 12% para os 10,40 euros.

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A cerca de um mês da cisão, a PT Multimédia (PT) está a sofrer uma forte correcção em bolsa, um factor que poderá ser benéfico para os accionistas da Portugal Telecom (PT) na era pós "spin off". Em duas sessões, o título desceu 12% para os 10,40 euros.

O "spin off", agendado para a semana de 29 de Outubro, prevê a entrega de 0,16 acções da PTM por cada acção detida na PT. Este factor de distribuição será aumentado na proporção do número de acções próprias que a PT tiver em carteira na data da publicação do anúncio dos termos finais "spin off". No âmbito do "share buyback", a PT já procedeu à compra de 9,13% do seu capital, o que coloca este factor de distribuição nos 0,17607 títulos.

Isto significa que as acções da PT (que fecharam nos 9,78 euros) estão a incorporar 1,83 euros relativos às acções da PTM que serão distribuídas. O valor resulta da multiplicação do factor pela cotação actual da PTM de 10,40 euros.

No dia em que as acções entrarem em "ex-right", a cotação da PT sofrerá um ajustamento técnico para os 7,95 euros, isto considerando que os preços praticados na altura são idênticos às cotações actuais. A queda recente da PTM nas últimas sessões acaba por ter um efeito benéfico para os actuais accionistas da PT que não quiserem manter a exposição à PTM. Caso a dona da TV Cabo estivesse a negociar nos 12,74 euros (o máximo deste ano), a cotação da PT sofreria uma correcção mais gravosa para os 7,54 euros no dia do "ex-right".

Para justificar a descida, Pedro Santos do BCP explicou à Bloomberg que "existem algumas pessoas com acções das duas empresas, que estão agora a vender a PTM porque sabem que vão receber mais no "spin off"".

Um operador disse à Reuters que "alguns investidores poderão estar a considerar que vão ficar com mais acções do que pretendem após o "spin off" da PT e por isso estão a reduzir exposição. Como não há muita liquidez, o impacto desta pressão vendedora é forte". Em 2006, a PTM tinha 14,41% do capital disperso em bolsa, mas a entrada e o reforço de novos accionistas reduziu o "free float" para os 7,17%.

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