As principais praças europeias encerraram o dia em queda, pressionadas pelo sector tecnológico, depois da Intel ter revisto em baixa as previsões de vendas. A contrariar a tendência de queda esteve o índice britânico FTSE, que beneficiou do salto de 8,5% nas acções da Vodafone.

A Intel abalou o mercado ao  revelar que uma quebra na procura a fez baixar a perspectiva de vendas este ano para valores entre os 8,7 e os 9,1 mil milhões de dólares, contra os  9,1 a 9,7 mil milhões de dólares que previa em Janeiro.

Esta notícia gerou um clima de preocupação em relação ao futuro das tecnológicas europeias, penalizando títulos como a STMicroelectronics e a ASML. O_índice  DJ Stoxx 600 fechou a semana com uma queda de 1,2%, depois de cinco semanas consecutivas a ganhar.

Em França, a queda semanal do CAC-40 foi mesmo a mais acentuada desde Outubro, com a STMicro-electronics, maior fabricante de semicondutores europeia, a deslizar 1,2% para os 14,63 euros, trazendo o CAC para uma queda diária de 0,4% e um recuo de 1,7% na semana.

O deslize das tecnológicas afectou também Amesterdão,  com a queda de 0,7% da ASML – que produz equipamento para o fabrico de semicondutores – a contribuir para que o índice AEX  fechasse a recuar 0,44% para os 455,25 pontos. A cair esteve também o alemão DAX, embora aqui as quedas tenham sido provocadas por empresas de fora do sector da tecnologia. A construtora Hochtief recuou 3,7% para os 43,25 euros, ao passo que a «utility» E.On caiu 1,7% para os 90,23 euros. 

No mercado espanhol o IBEX perdeu 0,46% para os 11.755 pontos, conseguindo ainda assim avançar 2,57% no total da semana,  a segunda melhor do ano para o índice.

Já o britânico FTSE escapou da tendência de queda, beneficiando do salto da Vodafone, que ganhou 8,5% para os 121,5 pence – maior avanço diário em três anos – depois de anunciar a venda de uma participação na Vodafone Japan. O FTSE fechou o dia a subir 0,4% para os 5860 pontos.