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Poupanças das famílias fogem dos bancos há quatro meses. Há 174,4 mil milhões em depósitos

O "stock" de poupanças de particulares nos depósitos dos bancos em Portugal recua há quatro meses. Em abril, a descida foi, contudo, inferior aos dois meses anteriores.

O comércio a retalho e a reparação de automóveis foram os setores cujos pagamentos mais aumentaram – 14 pontos percentuais e um ponto percentual, respetivamente.
José Manuel Ribeiro/Reuters
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As poupanças das famílias guardadas nos depósitos dos bancos caem há quatro meses consecutivos. Em abril, o "stock" de depósitos de particulares totalizava 174,4 mil milhões de euros, menos 400 milhões de euros do que no final de março, segundo dados divulgados esta terça-feira pelo Banco de Portugal (BdP).

A procura recorde por certificados de aforro aliada à baixa remuneração dos depósitos tem levado a uma redução do montante parado nos bancos. Contudo, "esta redução foi menos expressiva do que a registada nos meses anteriores", revela o relatório.

Relativamente a abril de 2022, os depósitos de particulares nos bancos residentes decresceram 1,6%, sendo o segundo mês consecutivo de diminuição na comparação homóloga.

Já no que diz respeito às empresas, no final de abril de 2023, o "stock" de depósitos de empresas nos bancos residentes era de 65,5 mil milhões de euros, mais 500 milhões de euros do que em março. Estes depósitos cresceram 1,8% em relação a abril de 2022 (2,6% em março).


Crédito à habitação desacelera há nove meses

No final de abril de 2023, o montante total de empréstimos para habitação era de 99,6 mil milhões de euros, menos 100 milhões do que no final de março. "A concessão destes empréstimos desacelerou, relativamente ao mês homólogo do ano anterior, pelo nono mês consecutivo: a taxa de variação anual passou de 4,8% em julho de 2022 para 1,4% em abril de 2023", explica o BdP.

Por seu turno, os empréstimos ao consumo totalizavam 20,7 mil milhões de euros, o que reflete um crescimento de 4,4% em relação a abril de 2022.

No final de abril de 2023, o montante de empréstimos concedidos pelos bancos às empresas foi de 74,2 mil milhões de euros, menos 0,4 mil milhões de euros que em março.

Para as empresas, o montante de empréstimos decresceu 1,6%, quando comparado com abril de 2022. "Este foi o quarto mês consecutivo em que os empréstimos às empresas se reduziram relativamente ao mês homólogo do ano anterior. Esta redução foi mais expressiva nas pequenas, médias e grandes empresas e nos setores da eletricidade, gás e água, do alojamento e restauração e das indústrias transformadoras", acrescenta.

(Notícia atualizada às 11:35)

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