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Portugueses fogem dos fundos de cobertura de risco

Arthur Nadel era um bem sucedido gestor de fundos de cobertura de risco, os chamados "hedge funds", no estado americano da Florida. No seu último relatório, referente a Novembro, brindava os investidores com um retorno de 8,5%, enquanto o índice de referência das acções dos EUA S&P500 caía 39%.

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Arthur Nadel era um bem sucedido gestor de fundos de cobertura de risco, os chamados "hedge funds", no estado americano da Florida. No seu último relatório, referente a Novembro, brindava os investidores com um retorno de 8,5%, enquanto o índice de referência das acções dos EUA S&P500 caía 39%.



Nadel fugiu da sua residência há seis dias, deixando um rasto de 260 milhões de euros em perdas. É o último caso numa indústria acossada pela fraude.



Escândalos, perdas milionárias, proibição de resgates são algumas das razões que levaram ao divórcio entre os "hedge funds" e os investidores. No último ano, foram retirados 200 mil milhões de dólares (o equivalente a 152 mil milhões de euros), o montante mais alto de sempre. Os portugueses também viraram costas a este tipo de fundo, muitas vezes comercializados com promessas de retorno positivo, mas pouco regulados e de elevado risco.



Em Portugal, os particulares não têm acesso directo aos "hedge funds", mas podem investir através de fundos especiais de investimento (FEI), que aplicam o dinheiro directamente nestes produtos ou através de fundos de "hedge funds". Em 2008, segundo dados da Associação Portuguesa de Fundos de Investimento (APFIPP), foi resgatado um montante líquido de 127 milhões de euros, o equivalente a 40% do património global no fim de 2007.





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