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Petróleo vai recuar até aos 80 a 85 dólares

António Costa e Silva, presidente da Partex, acredita que o preço do petróleo vai recuar para preços em torno dos 80 a 85 dólares no primeiro semestre deste ano, devido à recessão da economia norte-americana e ao ajustamento da procura à oferta.

26 de Março de 2008 às 13:01
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António Costa e Silva, presidente da Partex, acredita que o preço do petróleo vai recuar para preços em torno dos 80 a 85 dólares no primeiro semestre deste ano, devido à recessão da economia norte-americana e ao ajustamento da procura à oferta.

António Costa e Silva, presidente da petrolífera portuguesa Partex, participada da fundação Calouste Gulbenkian, refere que depois de atingir estes níveis, ainda na primeira metade do ano, as cotações da matéria-prima deverão ajustar no resto de 2008.

O responsável, que falava numa conferência promovida pelo Diário Económico, não tem dúvidas que o EUA estão já em recessão e que este facto, aliado às politicas de mais eficiência energética, um maior peso das renováveis no "mix" de produção e uma redução da procura, vão provocar uma redução no preço do petróleo.

Estas previsões de recuo no preço têm por base um pressuposto de estabilidade geopolítica, ou seja, que não haverá nenhum conflito nas principais regiões produtoras de petróleo.

Em 2007, a procura de petróleo subiu em 900 mil barril por dia e este ano prevê-se que chegue aos 1,7 mil milhões de barris por dia, segundo dados da Agência Internacional de Energia (AIE). Mas um problema de estagnação do lado da oferta vai obrigar ao ajustamento do mercado, considera António Costa e Silva.

De acordo com o mesmo responsável, o capital especulativo no mercado de petróleo cresceu 30 vezes nos últimos cinco anos. Em 2002 era de 3 mil milhões de dólares, tendo chegado aos 90 mil milhões em 2007.

Neste mesmo período registou-se um aumento de 364% nos preços dos contratos de futuros nos EUA. O responsável considera que o petróleo é hoje um mercado de refúgio.

Para a estabilização da procura à oferta, Costa e Silva considera "que as renováveis são uma parte importante nesta equação", sublinhando que em 2006 o investimento total mundial em renováveis representou 10% do total aplicado em energia, ou seja, 63 mil milhões de dólares.

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