Os preços do petróleo deslizavam, recuando mais de 3% nos EUA, com o mercado a reflectir ainda a diminuição da tensão entre o Irão e a comunidade internacional, depois de Teerão ter libertado os 15 soldados da marinha britânica.

O West Texas Intermediate (WTI) [cl1], negociado em Nova Iorque, está a descer pelo quarto dia consecutivo e recuava 3,17% para os 62,24 dólares por barril. O "brent" [co1], transaccionado em Londres, cedia 1,98% para os 66,89 dólares.

Na semana passada o Irão libertou os 15 marinheiros britânicos detidos duas semanas antes por alegadamente terem invadido as águas territoriais iranianas.

Esta libertação veio contribuir para a descida dos preços do petróleo já que diminuiu a tensão que envolvia aquele país e que os investidores reflectiram nos preços da matéria-prima, especulando que poderia haver algum corte no fornecimento por parte do Irão, o segundo maior produtor da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).

A atenuar a queda dos preços está o facto do Irão ter ameaçado hoje abandonar o Tratado de Não-Proliferação Nuclear se for submetido a "novas pressões", no dia em que anunciou o arranque do enriquecimento industrial de urânio no país.

O país continua a defender que é um direito seu enriquecer urânio uma vez que o objectivo é o de produzir energia e não para fins militares.