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Petróleo cai com previsão manutenção de quotas pela OPEP

O preço do petróleo resvalava em Nova Iorque e Londres, condicionado pela notícia que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) não irão restringir a produção na próxima reunião do grupo, a realizar na Algéria em Fevereiro.

29 de Janeiro de 2004 às 18:11
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O preço do petróleo resvalava em Nova Iorque e Londres, condicionado pela notícia, avançada por um governante do Irão, que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) não irão restringir a produção na próxima reunião do grupo, a realizar na Argélia em Fevereiro.

O contrato do crude com entrega em Março, recuava 2,65% em Nova Iorque [CL1] para 32,73 dólares (26,42 euros). O futuro do «brent» [CO1] com entrega no mesmo mês desvalorizava 2,52%, para 29,02 dólares (23,43 euros) em Londres.

«É improvável que na próxima reunião tomemos alguma decisão que altere a produção», afirmou hoje Muhammad Hadi Nijad-Hussinian, ministro iraniano do petróleo, citado pela Bloomberg.

De acordo com a mesma fonte, os ministros da OPEP, que anteriormente defenderam que uma redução era necessário para evitar um excesso da oferta sobre a procura, inverteram agora a sua posição.

Os responsáveis do petróleo do grupo de países produtores, que garante um terço do fornecimento mundial daquela matéria-prima – a Rússia e a Noruega não pertencem à OPEP –, preparam-se agora para, na próxima reunião da organização, a realizar na Algéria no próximo dia 10 de Fevereiro, manter as quotas de produção inalteradas.

A instabilidade no Médio Oriente voltou hoje a agravar-se, com um atentado bombista, reivindicado pelas Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa, a causar a morte de 10 pessoas que viajavam num autocarro na cidade de Jerusalém.

Mais a sul, o sultanato de Omã foi alvo de alertas de segurança por parte dos EUA, que avisaram os seus cidadãos contra riscos de atentados visando alvos militares ocidentais, noticiou hoje a agência Lusa.

De acordo com a mesma fonte a embaixada norte-americana em Omã convidou cerca de 1.500 cidadãos do país "a manterem uma forte vigilância, a permanecerem em alerta e a redobrarem as medidas de precaução", num comunicado recebido em Washington.

Apesar de não ser um dos maiores produtores de petróleo da Península Arábica, Omã é importante para o estacionamento de forças militares norte-americanas e britânicas na região.

O ministro norueguês do Petróleo, Einar Steensnaes, afirmou ontem esperar que os preços de petróleo recuem no segundo trimestre de 2004, embora mantendo-se acima dos 20 dólares por barril.

Mas essa expectativa só se concretizará, acredita o mesmo responsável, se a situação do Médio Oriente for apaziguada e os receios com as reservas norte-americanas forem afastadas.

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