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Petróleo em queda após Trichet assinalar que Europa enfrenta "riscos de deterioração"

A matéria-prima inverteu a tendência positiva que apresentava há dois dias e está agora a perder terreno, pressionada pelas declarações de Trichet na última reunião de política monetário como Presidente do Banco Central Europeu.

06 de Outubro de 2011 às 15:20
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O Brent do Mar do Norte, negociado em Londres, cai 0,63% para 102,08 dólares por barril. Também em Nova Iorque, o barril de crude West Texas Intermediate (WTI), negociado na Nymex, recua 0,43% para 79,34 dólares por barril.

O petróleo, que negociava em terreno positivo há dois dias consecutivos, animado pela queda das reservas nos Estados Unidos, segue agora a recuar após as declarações de Jean-Claude Trichet.

O Presidente do BCE declarou hoje, no seu último discurso no cargo, que as perspectivas para a economia da Zona Euro eram de “riscos intensificados de deterioração”.

O presidente da instituição financeira declarou que não apoia que o banco central seja o instrumento de alavancagem do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF), afirmando que "os governos têm capacidade para o fazer por si".

Trichet anunciou também hoje a manutenção da taxa de juro central do BCE, optando por anunciar o regresso à utilização da artilharia pesada no combate à crise financeira, através de novas medidas não convencionais.

A deterioração do crescimento económico na Zona Euro levou o BCE a manter os juros inalterados em 1,5%. Este ano, o BCE subiu os juros nos meses de Abril e Junho, elevando-os do mínimo histórico de 1% em que começaram o ano.

Jean-Claude Trichet anunciou igualmente o lançamento de um segundo programa de compra de obrigações securitizadas (Covered bonds) num montante de 40 mil milhões de euros a serem gastos entre Novembro deste ano e Outubro de 2012.

“Estamos a tentar analisar o que significam as declarações do BCE”, disse Addison Armstrong, directora de análise de mercados da Tradition Energy, à Bloomberg.

“Os decisores do BCE estão preocupados com o abrandamento do crescimento e com a escalada da inflação, por isso decidiram não cortar a taxa de juro e avançar com um novo programa de compra de obrigações”, explicou Armstrong.

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