O volume de ordens executadas sobre acções subiu 20% em Outubro, face ao mês anterior, espelhando o mês positivo vivido nos mercados accionistas.

De acordo com os dados hoje divulgados pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, em Outubro de 2007 o total de ordens de aquisição ou venda de instrumentos financeiros recebidas pelos intermediários financeiros registados na CMVM atingiu 15,3 mil milhões de euros, menos 2,7% do que no mês anterior.

Ainda assim, nas acções a evolução foi positiva, com o volume de ordens a aumentar 20% face ao mês anterior, tendo representado 77% do total intermediado e 88,1% do número de ordens recebidas.

Já o volume de ordens transaccionadas em dívida privada e noutros valores mobiliários registaram uma variação negativa face ao mês anterior, de 48% e 83%, respectivamente.

De acordo com a Sonae SGPS, o "aumento da negociação em acções contribuiu para o crescimento do peso do mercado nacional enquanto destino das ordens recebidas por intermediários financeiros a actuar em Portugal (mais 82% do que no mês anterior).

Ainda assim, as ordens destinadas a mercados internacionais registaram, também, uma subida de 59% comparativamente com Setembro de 2007. A Espanha foi o mercado mais representativo (com 8,5% de quota), seguido da França (7,7%) e Alemanha (3,3%).

Os dados da CMVM adiantam ainda que os investidores residentes asseguraram 71% do total de ordens executadas (mais 26,9 pontos percentuais. do que no mês anterior) e os não residentes 29% (menos 39 pp.). Os investidores não residentes mais activos foram os intermediários financeiros com 13% do total transaccionado.

Os intermediários com maior volume da negociação sobre acções foram o BPI (16%), o Caixa BI (13,4%) e o BESI (11,6%).

No segmento online o volume negociado foi de 2,1 mil milhões de euros, o que representa um aumento de 25,7%. Em termos acumulados, o volume de transacções pela Internet atingiu 20,5 mil milhões de euros, o que representa uma subida de 104,8% face ao período homólogo. O BCP liderou a negociação neste segmento com 18,9% de quota, seguido do BIG (18,8%), do Banco BPI (14,1%) e do ActivoBank (14,0%).