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OPV da EDP Renováveis lidera "ranking" europeu de fusões e aquisições

A venda da participação de 25% da EDP Renováveis a investidores institucionais, numa oferta pública (OPV) que alcançou os 2,8 mil milhões de dólares, liderou o ranking europeu de fusões e aquisições no sector das renováveis, em 2008.

02 de Fevereiro de 2009 às 13:19
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A venda da participação de 25% da EDP Renováveis a investidores institucionais, numa oferta pública (OPV) que alcançou os 2,8 mil milhões de dólares, liderou o ranking europeu de fusões e aquisições no sector das renováveis, em 2008.

Outra operação de relevo neste panorama foi a venda da carteira de parques eólicos da Enersis, em Portugal, pela B&B à Magnum Capital, num total de 1,45 mil milhões de euros.

Estas conclusões constam da última edição do Power Deals, o relatório anual da PricewaterhouseCoopers sobre fusões & aquisições (F&A) no sector da energia, hoje divulgado.

A PwC diz que “a produção de energias renováveis impulsionou muitas das transacções na Europa”, já que das 283 aquisições intra-europeias, 120 (42%) foram na área das energias renováveis.

Em termos globais, o estudo mostra que o número de transacções subiu “significativamente”, mas o valor das mesmas caiu.

“As empresas enfrentaram a nova realidade da crise financeira e, nos principais mercados, adoptaram uma abordagem de “esperar para ver” em relação às grandes aquisições”, justifica a consultora.

O relatório revela um crescimento de 24% no número de transacções mundiais em 2008 (954 face às 768 de 2007), mas uma queda acentuada no valor total das operações, descendo para os 205,6 mil milhões de dólares, face ao recorde de 372,5 mil milhões de dólares atingido em 2007.

O volume de transacções cresceu nos principais mercados – América do Norte, Europa e Ásia Pacífico. Embora as entidades europeias tenham dominado em termos de valor das operações, a incidência das transacções foi mais equilibrada nas principais regiões do mundo – 35% na Europa, 29% na Ásia Pacífico e 24% na América do Norte (por oferente). Em todas estas regiões, o padrão foi similar – o número de transacções subiu mas os valores desceram.

2009: ano de obstáculos, mas também de oportunidades

Em 2008, a Europa dominou largamente em termos de distribuição geográfica do valor das transacções, representando mais de metade do total mundial. O impacto da Europa nos totais de operações no sector da energia foi impulsionado pelo número de grandes transacções que envolveram empresas europeias. Seis dos dez maiores negócios e 45% de todas operações superiores a 1.000 milhões de dólares resultaram de ofertas europeias.

Embora a expansão internacional continue a ter um papel relevante nas transacções, o principal motor das F&A europeias no sector da energia foi a consolidação no próprio continente, com grandes operações em países como a Espanha, Suíça e Alemanha.

A francesa EDF destacou-se em 2008, avançando para a aquisição de activos no Reino Unido e EUA no valor de 30 mil milhões de dólares.

As transacções no subsector do gás foram as grandes ausentes, já que os proprietários de activos de gás mantiveram-se “agarrados” às suas valiosas reservas e representaram apenas 11,6% de todas as transacções e 7% do valor das operações

“Este ano vai apresentar muitos obstáculos mas também diversas oportunidades. As restrições na disponibilidade de financiamento vão inibir as transacções e, até que a situação esteja mais aliviada, é pouco provável que surja uma recuperação do valor das operações. Mas, existem algumas empresas com falta de liquidez para se expandirem ou com dificuldades em se refinanciarem, pelo que podem surgir oportunidades de investimento para organizações com sólidos balanços e fluxos de caixa”, considera Luís Ferreira, Partner responsável pelo sector de Energy&Utilities da PricewaterhouseCoopers Portugal, citado em comunicado.

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