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O clube nova-iorquino que recebeu Centeno, Pinho e Casalinho

Manuel Pinho foi uma das presenças numa gala que contou com representantes diplomáticos e empresários. Não faltaram economistas. Tudo para dar força a Portugal nos Estados Unidos.

Miguel Baltazar
07 de Junho de 2016 às 14:46
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"Esta tristeza que trago. Foi de vós que recebi". O Ó Gente da Minha Terra, fado de Mariza a partir de um poema de Amália Rodrigues, é cantado pela artista Sofia Ribeiro para uma plateia que, além de Mário Centeno, ministro das Finanças, conta com embaixadores ou empresários. Todos têm um ponto em comum: a ligação de Portugal com os Estados Unidos. Mas os discursos da noite, no Harvard Club, em Nova Iorque, onde se realiza o jantar de gala de 2016 organizado pela Câmara do Comércio Luso-Americana, são em inglês.


Lado a lado estão as bandeiras portuguesa e americana. Mário Centeno está na mesa 1, ao lado de Rodolfo Lavrador, o presidente da Câmara do Comércio. A ideia deixada pelos dois é a mesma: os laços entre os dois países têm crescido "radicalmente", como classificou Lavrador. E a Câmara do Comércio existe para isso mesmo: "Estimular o desenvolvimento económico, o comércio, o investimento".


É, precisamente, de investimento que Portugal precisa, como o ministro das Finanças disse perante a plateia de empresários, como José Maria Ricciardi, do Haitong, ou Diogo da Silveira, da Navigator (ex-Portucel): "O indicador que mais nos preocupa é o investimento". Por isso, é preciso, convencer empreendedores e investidores. Centeno quer mesmo aumentar e reforçar os laços entre os dois mercados. Um "desejo" que será transformado em "acção" do Governo, diz no seu discurso, perante representantes diplomáticos e da AICEP (Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal). 


TAP, Vilamoura e seguradoras (como a Tranquilidade) são as entidades referidas por Mário Centeno como mostrando a aposta americana em Portugal. Também há as nacionais que investem nos Estados Unidos: EDP Renováveis, Pestana, Sovena, enuncia um dia antes de 12 empresas portuguesas se mostrarem ao mercado americano nos Pan European Days, evento organizado pela Euronext, que gere a bolsa lisboeta.


Também há portugueses nos Estados Unidos. Um dos exemplos é Manuel Pinho, o ex-ministro da Economia, que trabalha no país dando aulas na Universidade de Columbia e noutras instituições de ensino. Cristina Casalinho, que tem a tarefa de gerir a dívida pública portuguesa e arranjar compradores para a mesma, também veio a Nova Iorque para a gala. Uma gala que ocorre numa sala onde umas das paredes deixa um aviso: "A presença de mais de 160 pessoas é perigosa e ilegal". Não são 160 no jantar. Mas perto. E todos com o referido tema em comum: a ligação de Portugal com os Estados Unidos. 

*o jornalista viajou para Nova Iorque a convite do Haitong Bank

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