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Nova Expressão interessada na posição da Parpública na Inapa para evitar OPA
O CEO da Nova Expressão refere que se a alienação for feita pela CGD já não terá capacidade financeira para adquirir os 33% detidos pelo banco público.
"Se a Parpública decidir alienar a sua participação, o que acho que é a situação mais plausível, então a Nova Expressão estará interessada em aumentar a sua participação accionista na Inapa. Já fizemos várias ‘démarches’ nesse sentido", confidencia ao Negócios, o CEO da Nova Expressão, Pedro Baltazar. Esse cenário evitaria a OPA à distribuidora de papel, e impediria a nacionalização.
Segundo Pedro Baltazar, o objectivo é chegar a uma posição accionista de cerca de 10%. Actualmente, a Nova Expressão vale 2,06% do grupo. "Temos recursos disponíveis para avançar para essa operação. Queremos comprar grande parte da participação accionista da Parpública", sublinha. Mas quanto? "Não é possível dizer quanto, depende do ‘pricing’ de venda", responde Baltazar. Qual seria um bom preço? "Ainda não posso dizer, porque depende de muitas coisas", refere.
O CEO da Nova Expressão refere que se a alienação for feita pela CGD já não terá capacidade financeira para adquirir os 33% detidos pelo banco público. "Para essa posição accionista já não teríamos as condições para aportar o que a Inapa necessita", defende.
Apesar de sempre ter defendido, mesmo em assembleia-geral do grupo, que os dividendos deviam ter sido distribuídos, Pedro Baltazar pensa que a gestão teria indicação de outros prazos para que "chegasse a esta situação com pouca racionalidade".
Apesar de dizer que não há cenários impossíveis, o gestor não acredita numa nacionalização, porque "nem a CGD nem a Parpública têm vocação para liderar a Inapa". "Mesmo com o trabalho desta gestão, muito bom, não é tempo ainda de depois de uma OPA, o Estado avançar para a privatização ", remata.