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Norges Bank deixa de ter participação qualificada na Impresa

O maior fundo soberano do mundo, que detém uma participação qualificada em 21 empresas nacionais, desinvestiu na Impresa, reduzindo para menos de 2%.

Bloomberg
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O norueguês Norges Bank reduziu a participação que detinha no grupo Impresa, deixando de possuir uma participação qualificada.

O Norges Bank era dono de 2,437% do capital do grupo Impresa, uma percentagem que fica agora reduzida a 1,872%, abaixo da fasquia de 2% que define a designação de participação qualificada.

A presente situação do acionista foi comunicada pelo grupo português esta quarta-feira, 24 de abril, à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

No final de 2017, o Norges Bank tinha quase dois milhões de dólares investidos na dona da SIC. Um ano depois este valor diminuiu em mais de 60% para 748 milhões de dólares. Uma evolução justificada pela desvalorização das ações da Impresa, uma vez que a percentagem de capital detida até aumentou para 2,86%.

O Norges Bank terminou 2018 com quase 1,5 mil milhões de dólares investidos em ativos portugueses, um valor que corresponde a uma queda de 17,3% face a 2017, um ano recorde para os investimentos do maior fundo soberano do mundo em Portugal. Do total dos investimentos em ações, quase metade está alocado a duas empresas: EDP e Galp. No total, tem posições em 21 empresas nacionais.

Subida em bolsa da Altri dá frutos

Subida em bolsa da Altri dá frutos
O valor do investimento do Norges Bank na Altri aumentou em 1,64% para quase 31,5 milhões de dólares. Uma evolução que é justificada pela subida superior a 12% que as ações da empresa co-liderada por Paulo Fernandes (CEO da Cofina, que é dona do Negócios) e por João Borges registaram em bolsa em 2018. Na verdade, o fundo até passou a deter menos capital da empresa (2,31%) do que tinha no ano anterior.

BCP com corte de 20%

BCP com corte de 20%
O Norges Bank tem "alocado" menos de 70 milhões de dólares no BCP, o que não chega a corresponder a uma participação qualificada (1,76%). Entre 2017 e o ano passado, o valor do investimento diminuiu 20,5%, ou 18 milhões de dólares. Uma queda que é justificada de duas formas: o fundo reduziu a sua posição no banco agora liderado por Miguel Maya e as ações deslizaram mais de 15,5%.

Norges reduz investimento na Corticeira Amorim

Norges reduz investimento na Corticeira Amorim
O investimento que o maior fundo soberano do mundo tem na Corticeira Amorim "encolheu" em quase 28%, num movimento que é explicado pela redução efetiva da posição no capital da empresa e que foi acentuado pela descida das ações em bolsa. No final de 2018, o Norges Bank tinha 5,2 milhões de dólares investidos na Corticeira.

Um quinto a menos nos CTT

Um quinto a menos nos CTT
O ano de 2018 não foi fácil para os CTT, que se viram obrigados a implementar um plano de reestruturação para cortar custos e tornar a empresa mais rentável. O plano continua, mas a queda das ações no ano passado ditou perdas para os investidores. E o Norges Bank não foi exceção. O investimento que o fundo tem na empresa liderada por Francisco de Lacerda diminuiu 21,6% para 15,95 milhões de dólares, quer por via do desempenho bolsista, quer por redução da sua participação. Ainda assim, os CTT estão entre as cotadas portuguesas onde o fundo detém mais capital. No final do ano passado, o Norges Bank tinha 3,16% do capital dos Correios de Portugal. Entre as 21 cotadas nacionais onde o fundo está presente, apenas duas contavam com posições mais elevadas.

Norges Bank corta investimento na EDP Renováveis em ano de OPA

Norges Bank corta investimento na EDP Renováveis em ano de OPA
O ano foi positivo para a EDP Renováveis, que viu as suas ações subirem em bolsa, num período marcado pelo lançamento de uma oferta pública de aquisição (OPA) por parte da China Three Gorges (CTG), mas o Norges Bank não acompanhou o entusiasmo e reduziu a sua posição na empresa liderada por João Manso Neto. No final de 2018, o fundo tinha 21,5 milhões de dólares investidos na EDP Renováveis, menos 33,8% do que em 2017. A empresa de energias renováveis tornou-se na empresa nacional onde o Norges Bank detém menos capital (0,28%).

EDP é a que mais pesa na carteira

EDP é a que mais pesa na carteira
Do total dos investimentos em ações portuguesas, quase 30% está alocado à EDP (279,4 milhões de dólares). A elétrica é assim a cotada que atrai o maior investimento em valor do Norges Bank, mas, na verdade, foi uma das empresas onde o fundo reduziu a sua participação. Apesar da subida de 5,7% das ações em bolsa, o investimento nesta cotada diminuiu 17%, ou 57,5 milhões de dólares, representando mesmo o maior corte entre todas as empresas. A posição passou a ser de 2,19%.

Investimento na Galp aumenta

Investimento na Galp aumenta
Apesar da política de desinvestimento nos setores do petróleo e gás, a aposta do Norges Bank na Galp Energia até aumentou em 2018. O fundo aumentou a sua posição no capital da petrolífera nacional para 1,33%, quando no ano anterior a participação era de 1,16%. Na verdade, o valor do investimento diminuiu em 2,46% para 173,3 milhões de dólares. Mas esta queda é justificada apenas pela desvalorização das ações da Galp em bolsa, que em 2018 perderam quase 10%.

Norges corta na Ibersol

Norges corta na Ibersol
O maior fundo do mundo tinha, no final do ano passado, 8,25 milhões de dólares em títulos da Ibersol, o que corresponde a uma posição de 2,54% do capital. Estes valores representam um desinvestimento, com a participação no capital a diminuir face ao ano anterior. A queda das ações em bolsa (22%) elevou para 34% a redução do investimento do Norges Bank nesta cotada.

Participação na Impresa aumenta, mas queda das ações dita redução do investimento

Participação na Impresa aumenta, mas queda das ações dita redução do investimento
No final de 2017, o Norges Bank tinha quase dois milhões de dólares investidos na dona da SIC. Um ano depois este valor diminuiu em mais de 60% para 748 milhões de dólares. Uma evolução justificada pela desvalorização das ações da Impresa, uma vez que a percentagem de capital detida até aumentou para 2,86%.

Queda da Jerónimo Martins em bolsa reduz investimento para menos de 100 milhões

Queda da Jerónimo Martins em bolsa reduz investimento para menos de 100 milhões
O investimento do Norges Bank na Jerónimo Martins diminuiu 33% para 95,4 milhões de dólares, uma redução justificada pela depreciação das ações em bolsa (36%). Em termos de participação, o fundo até aumentou ligeiramente para 1,28% do capital da dona dos supermercados Pingo Doce.

Norges mais do que duplica participação na Mota-Engil

Norges mais do que duplica participação na Mota-Engil
Não fosse a queda expressiva das ações da Mota-Engil em bolsa (56%) no ano passado, e o investimento do Norges Bank nesta cotada teria disparado. No final de 2017, o fundo tinha em mãos 1,59% do capital da construtora. Um ano depois esta posição passou para 3,77%, a maior percentagem de capital detida por este fundo numa cotada portuguesa. No total, o valor alocado a esta cotada ficou-se pelos 16,5 milhões de dólares, menos 4,5% do que um ano antes. Uma evolução justificada apenas pela desvalorização em bolsa.

Investimento na Navigator diminui em 20 milhões

Investimento na Navigator diminui em 20 milhões
O Norges Bank tinha 1,39% do capital da Navigator, o que correspondia a um investimento de cerca de 41 milhões de dólares, menos 20 milhões do que em 2017. O maior fundo do mundo viu o investimento nesta cotada cair por duas vias: redução da participação efetiva no capital e queda das ações em bolsa (15%).

Nos é o terceiro maior investimento em Portugal

Nos é o terceiro maior investimento em Portugal
A Nos representa o terceiro maior valor investido pelo Norges em cotadas nacionais, só superado pela EDP e Galp. São 116,7 milhões de dólares que estão nesta cotada, com o fundo a deter 3,74% do seu capital. E, mais uma vez, apesar de ter até mais participação no capital desta cotada, face a 2017, a descida das ações em bolsa até acabou por ditar uma redução de 2,5% no investimento.

Pharol foi o grande desinvestimento

Pharol foi o grande desinvestimento
O Norges Bank cortou o investimento na Pharol em quase 86% para um total de 1,17 milhões de dólares. E, neste caso, a redução teve dois responsáveis: o corte na participação de capital – que passou de 3,08% para 0,7% - e a descida das ações em bolsa (34,7%). A descida de 86% foi a maior entre as 21 cotadas portuguesas onde o Norges ainda detém ações.

Investimento na REN diminuiu 6%

Investimento na REN diminuiu 6%
O fundo soberano da Noruega fechou 2018 com 25,4 milhões de dólares investidos na REN, o que representa uma descida de 6% face ao ano anterior. Esta é a primeira vez desde, pelo menos 2012, em que o investimento do Norges Bank na REN diminui.

Queda das ações da Semapa dita redução do investimento

Queda das ações da Semapa dita redução do investimento
O Norges Bank ainda reforçou no capital da Semapa, passando a deter uma participação de 2,64%. Ainda assim o bolo total investido diminuiu quase 21% para 32,1 milhões de dólares, o que é justificado pela depreciação das ações em bolsa (26%).

Sonaecom alvo de reforço

Sonaecom alvo de reforço
O maior fundo do mundo reforçou a sua participação no capital da Sonaecom, passando a ter investidos 4,1 milhões de dólares, mais 1,4% do que em 2017. Uma evolução justificada pelo aumento da participação no capital da empresa, uma vez que os títulos até caíram quase 2% em bolsa.

Investimento na Sonae Capital desce dos dois milhões

Investimento na Sonae Capital desce dos dois milhões
O Norges Bank voltou a apostar na Sonae Capital em 2017 – o que já não acontecia desde 2010. No ano passado, manteve a aposta, mas a evolução dos mercados ditou que o valor do investimento diminuísse 8,9% para 1,87 milhões de dólares.

Norges triplica participação na Sonae Indústria

Norges triplica participação na Sonae Indústria
O Norges Bank fechou 2018 com 1,64% do capital da Sonae Indústria. Não chega a ser uma participação qualificada, mas é o triplo da percentagem de capital detido no ano anterior. Este reforço levou a que o investimento do fundo nesta cotada ascendesse a 1,25 milhões de dólares, mais 24,7% do que em 2017. Isto apesar de as ações terem caído mais de 58% em bolsa.

Reforço de posição na Sonae trava queda do investimento

Reforço de posição na Sonae trava queda do investimento
O fundo soberano da Noruega tinha 30,8 milhões de dólares investidos na Sonae SGPS, um valor que representa uma queda de 14,9% face a 2017. E é justificada, em grande parte, pela desvalorização das ações da dona dos hipermercados Continente (28%). O Norges Bank até reforçou a sua posição no capital da empresa de 1,34% para 1,66%.

Investimento na Teixeira Duarte cai para mínimos históricos

Investimento na Teixeira Duarte cai para mínimos históricos
O valor do investimento do Norges Bank na Teixeira Duarte caiu 70% para 202,5 mil dólares, o que corresponde ao valor mais baixo desde que o fundo investe nesta cotada: 2010, segundo os dados disponíveis no site do fundo. Esta descida é justificada pela queda das ações em bolsa (39,5%), mas não só. A redução de posição no capital da construtora e questões cambiais acabaram por ditar este desempenho.
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