Notícia
Morgan Stanley culpado por fracasso do Facebook
Bancos que colocaram o Facebook na bolsa estão a ser responsabilizados pelo mau desempenho. Valor de mercado já encolheu em 18 mil milhões.
22 de Maio de 2012 às 22:06
O Morgan Stanley, bem como os bancos responsáveis pela colocação em bolsa da rede social estão sob "fogo cerrado". Os investidores acusam-nos de terem calculado mal a procura pelas acções, o que explica o mau desempenho desde a estreia. Um comportamento que poderá também ser explicado pelo acesso, por parte de alguns clientes, a informação privilegiada negativa sobre o Facebook antes do IPO.
As consultas feitas pelo Morgan Stanley no "roadshow" que antecedeu a estreia em bolsa incentivaram o banco a subir o preço para 38 dólares. Dias depois, os accionistas privados decidiram vender mais títulos, aumentando em 25% a oferta. As duas decisões terão contribuído para criar um desequilíbrio na estreia, que ainda está a penalizar a acção. O valor da rede social encolheu 18 mil milhões de dólares.
"De alguma forma, ninguém se apercebeu que a acção poderia não estar a ser bem avaliada", diz Francis Gaskins, analista da IPOdesktop.com, à Bloomberg. O especialista diz que "terá sido uma conjunção do ego de Mark Zuckerberg, que perseguia a capitalização de estreia de 100 mil milhões, com o desejo de alguns accionistas" de vender mais títulos.
Segundo a Bloomberg, há investidores que se sentem enganados. Um gestor de fundos londrino, que não quis ser identificado, disse que os bancos sugeriram uma procura tão intensa que o convenceram a fazer uma oferta "por cima". Resultado: caíram-lhe no colo mais 40% de acções do que queria. Um "excesso" que foi vendido logo no dia de estreia.
À medida que a acção perde "terreno", e se aproxima do intervalo inicialmente proposto (entre 28 a 34 dólares), sobem de tom as críticas à actuação do Morgan Stanley e de outros bancos envolvidos na operação. Ontem, as acções atingiram um mínimo de 30,98 dólares, após uma queda de quase 9%.
Informação privilegiada?
O Morgan Stanley está também na mira dos reguladores, isto depois de, alegadamente, os analistas deste banco cortaram as suas estimativas para o Facebook nas semanas que antecederam o IPO, contactando depois alguns dos potenciais clientes sobre esse facto. "As alegações, se forem verdadeiras, são motivo de preocupação" para a SEC e para a Financial Industry Regulatory Authority, diz o presidente da FINRA, Richard Ketchum, à Reuters.
As consultas feitas pelo Morgan Stanley no "roadshow" que antecedeu a estreia em bolsa incentivaram o banco a subir o preço para 38 dólares. Dias depois, os accionistas privados decidiram vender mais títulos, aumentando em 25% a oferta. As duas decisões terão contribuído para criar um desequilíbrio na estreia, que ainda está a penalizar a acção. O valor da rede social encolheu 18 mil milhões de dólares.
Segundo a Bloomberg, há investidores que se sentem enganados. Um gestor de fundos londrino, que não quis ser identificado, disse que os bancos sugeriram uma procura tão intensa que o convenceram a fazer uma oferta "por cima". Resultado: caíram-lhe no colo mais 40% de acções do que queria. Um "excesso" que foi vendido logo no dia de estreia.
À medida que a acção perde "terreno", e se aproxima do intervalo inicialmente proposto (entre 28 a 34 dólares), sobem de tom as críticas à actuação do Morgan Stanley e de outros bancos envolvidos na operação. Ontem, as acções atingiram um mínimo de 30,98 dólares, após uma queda de quase 9%.
Informação privilegiada?
O Morgan Stanley está também na mira dos reguladores, isto depois de, alegadamente, os analistas deste banco cortaram as suas estimativas para o Facebook nas semanas que antecederam o IPO, contactando depois alguns dos potenciais clientes sobre esse facto. "As alegações, se forem verdadeiras, são motivo de preocupação" para a SEC e para a Financial Industry Regulatory Authority, diz o presidente da FINRA, Richard Ketchum, à Reuters.
