Notícia
Petróleo dispara 24%. É o maior ganho percentual de sempre
Acompanhe ao minuto a evolução dos mercados ao longo do dia.
Nasdaq sobressai nas subidas em Wall Street
As bolsas norte-americanas viveram um novo dia de sobe e desce, a negociar ao sabor das notícias que vão saindo sobre a covid-19 e medidas de estímulo. Resultado: volatilidade está ao rubro. Mas terminaram todas em alta.
O Dow Jones encerrou a somar 0,95%, para 20.087,19 pontos, tendo assim conseguido regressar ao patamar dos 20.000 pontos. Por seu lado, o Standard & Poor’s 500 avançou 0,47% para 2.409,39 pontos.
Já o tecnológico Nasdaq Composite distinguiu-se nas subidas, a ganhar 2,30% para 7-150,58 pontos.
As tecnologias e a energia foram os setores que mais sobressaíram hoje nos ganhos em Wall Street.
Os índices chegaram a estar a subir mais, mas perto do final da sessão a prudência dos investidores convidou à venda de algumas posições. Este acabou por ser "o fecho mais entediante" das bolsas do outro lado do Atlântico nas últimas duas semanas, diz a CNN Business.
Petróleo em Nova Iorque dispara 24%, o maior ganho diário de sempre
O West Texas Intermediate, crude de referência negociado no mercado nova-iorquino, fechou a sessão desta quinta-feira a escalar 24%, o maior ganho de sempre numa só sessão.
O contrato de abril do WTI encerrou assim a somar 23,8% para 25,22 dólares por barril. Foi a maior subida percentual para um contrato de futuros com entrega a um mês – isto com base nos dados disponíveis desde março de 1983, segundo a Dow Jones Market Data.
Já o Brent do Mar do Norte, que serve de referência às importações portuguesas e é negociado em Londres, somou 14,51% para 28,49 dólares.
A negociação prossegue em contínuo, mas pelas 19:00 de Lisboa (que está durante três semanas com menos quatro horas, em vez de cinco, face a Nova Iorque, devido ao facto de os EUA já terem mudado a hora) é fixado este preço de "settlement".
A sustentar estiveram sinais de dificuldades por parte dos produtores desta matéria-prima no Médio Oriente, por estarem a operar com preços tão baixos, e também o facto de os EUA estarem a retirar algum petróleo do mercado para preencherem as suas reservas de emergência.
Ontem, o WTI fechou no nível mais baixo desde Fevereiro de 2002 e o Brent também transacionou em mínimos de 18 anos.
Euro cai para mínimos de três anos, abaixo de 1,07 dólares
O euro registou hoje uma depreciação significativa e negociou abaixo de 1,07 dólares, em valores mínimos que não eram registados desde 2017, após o Banco Central Europeu (BCE) aprovar novos estímulos monetários, refere a Lusa.
Às 17:50 (hora de Lisboa), o euro negociava a 1,0691 dólares, quando na quarta-feira à mesma hora seguia a 1,0832 dólares.
O BCE fixou hoje a taxa de câmbio de referência do euro em 1,0801 dólares.
Na quarta-feira à noite, o BCE anunciou inesperadamente um programa de compra de dívida no valor de 750 mil milhões de euros até ao fim do ano para travar os "sérios riscos" que a crise da covid-19 representa para a sua política monetária.
Na semana passada, o BCE já tinha anunciado um aumento na compra de ativos de 120 mil milhões de euros e desde novembro que está a comprar mensalmente 20 mil milhões de euros em dívida pública e privada, o que totaliza 1,1 biliões de euros.
Hoje, o Banco de Inglaterra decidiu cortar de novo as taxas de juro, que estão agora num mínimo histórico de 0,1%. A entidade indicou também que vai aumentar as compras de dívida pública e privada em 200 mil milhões de libras, para 645 mil milhões de libras.
A moeda única negociou numa margem muito ampla entre 1,0683 e 1,0982 dólares.
Divisas................hoje..............quarta-feira
Euro/dólar............1,0691................. 1,0832
Euro/libra............0,92044................0,93690
Euro/iene.............117,91................. 117,49
Crude escala 22% em Nova Iorque
Os preços do "ouro negro" seguem a recuperar fortemente dos mínimos de 18 anos atingidos ontem, devido aos sinais de dificuldades por parte dos produtores desta matéria-prima no Médio Oriente, por estarem a operar com preços tão baixo, e também por os EUA estarem a retirar algum petróleo do mercado para preencherem as suas reservas de emergência.
A queda da procura decorrente da covid-19 e a ameaça da Arábia Saudita de abrir as torneiras a partir de abril, num mercado já com oferta excedentária, são fatores que têm feito cair os preços. Ontem, as cotações afundaram para mínimos de 2002 em Londres (Brent do Mar do Norte) e de 2003 em Nova Iorque (West Texas Intermediate – WTI).
Agora, o WTI segue a disparar 22,43% para 24,94 dólares por barril, depois de ontem ter negociado em torno dos 20 dólares. No entanto, no acumulado do ano ainda perde em torno de 40%.
No mercado londrino, o Brent está a subir 11,09% para 27,64 dólares.
Juros dos periféricos afundam. Alemanha contraria tendência
O mercado de obrigações na Zona Euro recuperou em força, com exceção para a Alemanha, depois de o programa de 750 mil milhões de euros anunciado ontem pelo Banco Central Europeu (BCE), numa tentativa de estimular as economias bastante fustigadas pela covid-19.
Como reação a essa medida do BCE, os juros da dívida de Itália, com uma maturidade a dez anos, chegaram a afundar 80 pontos base, liderando esta recuperação europeia. Com quedas avolumadas estiveram também os juros das obrigações espanholas, que caíram 50 pontos base, assim como os juros da dívida portuguesa.
No entanto, com o decorrer da sessão, as quedas dos juros foram diminuindo. Por esta altura, os juros da dívida portuguesa a dez anos perdem 34 pontos base para os 1,092 e os congéneres espanhóis assumem uma tendência idêntica. A grande exceção na Zona Euro é a Alemanha, cujos juros a dez anos sobem 6,7 pontos base para os -0,178%.
Europa animada com bazuca do BCE
No velho continente as bolsas reagiram bem ao anúncio feito na noite desta quarta-feira pelo Banco Central Europeu (BCE), que vai lançar um programa de compra de ativos com um volume total de 750 mil milhões de euros.
A praça de Atenas liderou os ganhos com uma subida de 8%, beneficiando do facto de a dívida helénica ter passado a ser elegível para o novo instrumento do BCE.
O Stoxx600 subiu 2,91% para 287,80 pontos.
A segunda praça da Europa Ocidental que mais terreno ganhou foi a de Amesterdão, com uma valorização de 4,62%. Seguiram-se as subidas de 2,68% do índice francês CAC-40, de 2% do alemão DAX, de 1,93% do espanhol Ibex.35 e de 1,40% do britânico FTSE.
PSI-20 perde quase 1,5% com EDP a afundar mais de 7%
A bolsa nacional contrariou a tendência de fortes ganhos registada na Europa, que negociou animada pela bazuca de 750 mil milhões de euros anunciada ontem pelo BCE. Perdas do grupo EDP foram as que mais penalizaram, com a elétrica em mínimos de mais de um ano num dia em que afundou acima de 7%.
Bazuca do BCE "acerta" na dívida da Grécia e põe juros a afundar 138 pontos base
A dívida pública da Grécia é a que mais está a beneficiar da bazuca anunciada ao final da noite de ontem pelo Banco Central Europeu (BCE). A "yield" associada às obrigações gregas com maturidade a 10 anos afunda 137,9 pontos base para 2,288%, enquanto no prazo a 5 anos alívia expressivos 175,2 pontos base para 1,556%.
A tendência de descida dos juros das dívidas é generalizada na Zona Euro depois de o BCE ter lançado a Pandemic Emergency Purchase Programme (PEPP), um programa de compra de ativos com um valor global de 750 mil milhões de euros. Este PEPP deverá vigorar pelo menos até ao final deste ano e tem por objetivo apoiar os países da moeda única a minimizarem o impacto económico decorrente da pandemia do novo coronvírus.
A Grécia é o país mais beneficiado porque a dívida grega é elegível no âmbito da nova bazuca, ao contrário do que até aqui sucedia com o programa de compra de dívida (quantitative easing) ainda em vigor e que a autoridade monetária europeia lançou em 2015, ano em que Atenas obteve o terceiro programa de assistência financeira junto da troika.
Bolsas europeias voltam a ceder às dores económicas do coronavírus
Ultimamente, as bolsas europeias têm feito visitas esporádicas ao verde, mas não muito prolongadas: os ganhos desta manhã já dão lugar a perdas generalizadas.
O índice que agrega as 600 maiores cotadas da Europa, o Stoxx600, cai 0,89% para os 277,18 pontos, e as quebras rondam a fasquia do 1% também em França, na Alemanha e em Portugal, onde o PSI-20 desce 1,3% para os 3594,48 pontos. No Reino Unido, a desvalorização já está acima dos 2%.
As novas medidas de estímulo anunciadas pelo Banco Central Europeu não são suficientes para manter os ânimos nos mercados acionistas, que resvalam face ao efeito da travagem a que o surto de coronavírus obriga nas empresas. Contudo, estes mesmos estímulos estão a fazer disparar a procura por obrigações soberanas, ditando uma quebra acentuada nos juros.
Europa recupera força com músculo do BCE
As principais bolsas europeias ganharam duas novas razões para sorrir, e o ânimo já se nota nos mercados. O Stoxx600, índice que agrega as 600 maiores cotadas da Europa, avança 0,23% para os 280,31 pontos, mas os ganhos são menos tímidos em algumas praças. Em Espanha e na Holanda as subidas nos índices de referência são superiores a 2% e em França superam mesmo os 3%.
O lisboeta PSI-20 ganha 1,41% para os 3.693,31 pontos, impulsionado sobretudo pelos desempenhos da retalhista Jerónimo Martins e da petrolífera Galp.
A motivar a recuperação generalizada está o anúncio feito ontem à noite pelo Banco Central Europeu, que vai avançar com um programa adicional de compra de ativos (públicos e privados), no valor de 750 mil milhões de euros, destinado a estimular as economias bastante castigadas pela covid-19.
Também já depois do fecho das bolsas do outro lado do Atlântico foi anunciada a luz verde dada pelo Senado ao novo pacote orçamental (no valor de 850 mil milhões de dólares) solicitado pela Administração Trump para fazer face aos efeitos económicos da covid-19.
Bazuca de estímulos deixa petróleo disparar
O barril de Brent, segue a somar 6,67% para os 26,54 dólares e o "irmão" de Nova Iorque, o West Texas Intermediate, está a avançar 12,62% para os 22,94 dólares.
Esta madrugada, as cotações do WTI chegaram a disparar 17% e as do Brent 8%, contrariando as pesadas quebras da última sessão, na qual o "ouro negro", do lado de lá do oceano, desceu a mínimos de 18 anos. Em Londres, o mínimo foi de 2003, o ano em que se uma epidemia semelhante à de covid-19 – a de SARS – surgiu na China.
A impulsionar o desempenho da matéria-prima estão os renovados esforços para enfrentar os efeitos económicos do coronavírus, encabeçados pelo anúncio do novo pacote de estímulos do BCE.
PSI-20 sobe mais de 1% com Europa em forte alta
A bolsa nacional abriu em alta, em linha com o desempenho das principais praças europeias, que abriram firmes em terreno positivo com a bazuca que o Banco Central Europeu anunciou na noite de quarta-feira.
O PSI-20 abriu a valorizar 0,75% e menos de uma hora depois subia 1,21% para 3.685,89 pontos. Ontem o índice português fechou a cair perto de 5%.
Nas restantes praças europeias os ganhos são mais acentuados, com o Stoxx600 a avançar 1,54% para 283,96 pontos. Os índices das bolsas de Madrid e Paris valorizam mais de 3%.
As ações da Sonae estão em forte alta, reagindo de forma positiva aos resultados de 2019. Os títulos disparam 5,49% para 0,538 euros.
A Sonae registou um lucro de 165 milhões de euros no ano passado, menos 20,2% do que em 2018 e anunciou um aumento do dividendo em 5% para 4,63 cêntimos.
Ainda a impulsionar o PSI-20, o BCP avança 1,19% para 10,2 cêntimos e a Galp Energia valoriza 0,8% para 8,568 euros, numa sessão em que o petróleo está em forte recuperação depois de ontem ter tocado em mínimos de 18 anos.
A Jerónimo Martins valoriza 2,86% para 15,465 euros e a Nos avança 2,97% para 2,914 euros.
Bazuca do BCE não entusiasma investidores
Os mercados acionistas não parecem para já impressionados com a bazuca que o Banco Central Europeu anunciou na noite de quarta-feira.
Depois de anunciar o programa de compra de ativos do setor público e privado, no valor de 750 mil milhões de euros, destinado a estimular as economias bastante castigadas pela covid-19, Christine Lagarde afirmou que "não há limites" para a intervenção da autoridade monetária da Zona Euro.
Mesmo assim, na Ásia a sessão foi sobretudo de tendência de queda e os futuros apontam para uma abertura apenas em ligeira alta nas bolsas europeias. Já Wall Street, que ontem caiu cerca de 5%, deverá voltar a descer, uma vez que os futuros sobre o S&P estão a cair mais de 2%.
Na Ásia, o japonês Topix subiu 1% e em Hong Kong o Hang Seng desceu 2%. O S&P/ASX 200 da Austrália cedeu 3,4% e o sul-coreano Kospi afundou 8,4%.
Este são os preços e variações de fecho dos índices:
STOXX 50 2255,05 -120,00 -5,07% DAX 30 8076,00 -421,00 -4,96% FTSE 100 4880,10 -214,00 -4,20% Dow 19020,00 -820,00 -3,98% S&P 500 2298,00 -100,30 -3,89% Nasdaq 100 6941,25 -249,75 -3,29% Futuros (Às 0438 TMG) Nikkei 16372,29 -354,26 -2,12% Hang Seng 21344,93 -946,89 -4,25% Xangai 2670,37 -58,39 -2,14% Xenzhen A 1730,33 -25,59 -1,46% Preços (Às 0425 TMG) Dow 19898,92 -1338,46 -6,30% Nasdaq 6989,84 -344,94 -4,70% S&P 500 2398,10 -131,09 -5,18% FTSE 100 5080,58 -214,32 -4,05% FTSE 250 13008,19 -916,69 -6,58% DAX 30 8441,71 -497,39 -5,56% CAC40 3754,84 -236,94 -5,94% STOXX 600 279,66 -11,41 -3,92% STOXX 50 2385,82 -144,68 -5,72%
Bolsa de Nova Iorque só com negociação electrónica
A Bolsa de Nova Iorque vai passar a negociar, temporariamente, apenas de forma eletrónica, anunciou a NYSE esta noite, já depois do fecho de Wall Street.
Senado dos EUA aprova verbas extra
Já depois do fecho das bolsas do outro lado do Atlântico, onde os principais índices sofreram nova derrocada, foi anunciada a luz verde dada pelo Senado (de maioria republicana) ao novo pacote orçamental (no valor de 850 mil milhões de dólares) solicitado ontem pela Administração Trump para fazer face aos efeitos económicos da covid-19, pelo que amanhã o dia poderá ser mais risonho para os mercados.
Dow Jones perde 10.000 pontos num mês e eclipsa subidas da "era Trump"
As bolsas norte-americanas voltaram a afundar e a negociação chegou mesmo a estar suspensa. Todo o "rally" registado desde a entrada em funções do presidente Donald Trump já se eclipsou.
O Dow Jones encerrou a cair 6,28%, para 19.902,82 pontos, e toda a subida que tinha registado desde que Trump tomou posse já se eclipsou. Desde fevereiro de 2017 que não terminava abaixo de 20.000 pontos.
A escalada do Dow no mandato de Donald Trump, que no mês passado atingiu um pico (quando alcançou novo máximo histórico) parecia robusta e interminável, mas, de um momento para o outro, a covid-19 evaporou todos esses ganhos.
O índice chegou a tocar nos 19.732 pontos, que foi o seu nível de fecho de 19 de janeiro de 2017, um dia antes de Trump tomar posse como presidente dos EUA.
Recorde-se que há pouco mais de um mês, quando atingiu um recorde de fecho a 12 de fevereiro nos 29.551,42 pontos, o Dow Jones estava perto dos 30.000 pontos. Perdeu, neste período, praticamente 10.000 pontos.
Por seu lado, o Standard & Poor’s 500 mergulhou 5,18% para 2.398,08 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite recuou 4,70% para 6.989,84 pontos.