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5 coisas que precisa de saber para começar o dia

Esta quinta-feira os mercados vão negociar com melhores notícias: a bazuca de 750 mil milhões do Banco Central Europeu e a viabilização de um novo pacote orçamental nos EUA, numa altura em que no mundo inteiro governos e bancos centrais unem esforços para combater o impacto económico da covid-19.

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Os estímulos do BCE e dos EUA

O Banco Central Europeu anunciou ontem à noite um programa adicional de compra de ativos (públicos e privados), no valor de 750 mil milhões de euros, destinado a estimular as economias bastante castigadas pela covid-19.

 

Também já depois do fecho das bolsas do outro lado do Atlântico foi anunciada a luz verde dada pelo Senado ao novo pacote orçamental (no valor de 850 mil milhões de dólares) solicitado pela Administração Trump para fazer face aos efeitos económicos da covid-19.

 

Com estas notícias, o dia poderá ser hoje mais risonho para os mercados – que na quarta-feira voltaram a afundar.

 

Sonae reage às contas de 2019

A empresa liderada por Cláudia Azevedo anunciou na noite de quarta-feira as contas de 2019: registou um resultado líquido atribuível aos acionistas de 165 milhões de euros, menos 20,2% do que em 2018. Já as receitas cresceram 9,2%.

 

O valor do dividendo que a administração da Sonae vai propor aos acionistas, por conta dos resultados de 2019, é de 4,63 cêntimos por ação – o que corresponde a um aumento de 5% face aos 4,41 cêntimos distribuídos no ano passado. A remuneração acionista corresponde, assim, a 43% dos lucros da Sonae.

 

Bolsa de Nova Iorque só com negociação electrónica

Após mais uma sessão negra, a gestora da bolsa de Nova Iorque anunciou que a NYSE vai passar a negociar, temporariamente, apenas de forma eletrónica.

Na quarta-feira, os três grandes índices de Wall Street registaram de novo fortes quedas, depois de uma pausa na véspera. A escalada do Dow no mandato de Donald Trump, que no mês passado atingiu um pico (quando alcançou novo máximo histórico) parecia robusta e interminável, mas, de um momento para o outro, a covid-19 evaporou todos esses ganhos. O índice chegou a tocar durante a sessão nos 19.732 pontos, que foi o seu nível de fecho de 19 de janeiro de 2017, um dia antes de Trump tomar posse como presidente dos EUA.

Recorde-se que há pouco mais de um mês, quando atingiu um recorde de fecho a 12 de fevereiro nos 29.551,42 pontos, o Dow Jones estava perto dos 30.000 pontos. Perdeu, neste período, praticamente 10.000 pontos.

Hoje, talvez os investidores estejam dispostos a dar nova oportunidade às ações, perante a nova vaga de verbas de combate à pandemia.

 

Petróleo vai reerguer-se?

O "ouro negro" continua no centro das atenções. Além da diminuição da procura por petróleo, por força da pandemia, esta quarta-feira a Arábia Saudita prosseguiu o seu braço de ferro com a Rússia na tentativa de levar Moscovo a cortar a sua produção – algo que recusou na última reunião do grupo OPEP+ -, tendo anunciado que vai começar a exportar 10 milhões de barris de crude por dia a partir de abril, o que representa um volume máximo histórico de exportação, e isto numa altura em que a oferta nos mercados já é excedentária.

 

Estes dois fatores levaram a fortes quedas da matéria-prima, com os preços a afundarem para mínimos de 2002 em Londres e de 2003 em Nova Iorque. No entanto, depois de ser anunciado que o Senado aprovou o novo pacote orçamental de combate aos efeitos da covid-19, as cotações dispararam na negociação do "after hours" do mercado nova-iorquino, pelo que hoje poderão conseguir regressar ao verde.

 

De qualquer das formas, tudo está em aberto, pois a abertura de torneiras por parte de Riade não vai ajudar. Além de que as agências de rating já estão a cortar as notações de empresas do setor, como foi o caso da Oceanum petróleo, cujo "downgrade" esta quarta-feira à noite pela Moody’s pôs a sua dívida na categoria de "lixo"

 

Decisões de política monetária e novos dados económicos

As decisões de bancos centrais sobre taxas diretoras continuam. Para esta quinta-feira esperam-se possíveis novidades por parte do Banco do Japão, do banco central da Indonésia, mas também do suíço, do norueguês, de Taiwan, da Turquia e da África do Sul. Vários foram já os bancos centrais que cortaram, de emergência, os seus juros diretores, como foi o caso da Reserva Federal norte-americana, Banco do Canadá e Banco da Nova Zelândia.

Há também novos indicadores económicos para avaliar. O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga a Síntese Económica de Conjuntura com tendências do crescimento da procura, da produção, do rendimento e dos preços, referentes a fevereiro. Revela ainda os preços na produção industrial. No resto da Europa, teremos os dados de janeiro para a produção industrial na Zona Euro, que serão apresentados também, individualmente, por Itália e França.

 

Dos Estados Unidos virão os dados sobre os pedidos de subsídio de desemprego na semana passada.

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