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Martifer afunda 19% após revelar prejuízos e que está a reestruturar dívida

A empresa dos irmãos Martins disse ontem que está a reestruturar a sua dívida junto da banca. As acções chegaram a afundar mais de 19% esta manhã. Apesar desta descida a cotada valoriza 97% desde o início do ano.

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10 de Abril de 2015 às 10:15
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As acções da Martifer estão a afundar. A cotada chegou a afundar 19,62% para 34 cêntimos durante a sessão desta sexta-feira, 10 de Abril. Neste momento, segue a descer 10,40% para 37,9 cêntimos. 

 

Além de uma variação acentuada, a cotada regista uma elevada liquidez com mais de 617 mil acções negociadas, um valor superior à média diária de 102 mil acções dos últimos seis meses.

 

As quedas acontecem depois da empresa dos irmãos Martins ter aumentado os prejuízos em 36% para 93,5 milhões de euros. Já as receitas caíram 29% para 225 milhões de euros, enquanto o EBTIDA diminuiu 62% para 6 milhões de euros.

 

A Martifer adiantou na quinta-feira que está a reestruturar a sua dívida junto da banca. A dívida líquida da empresa baixou em 53 milhões de euros no ano passado para 283 milhões.


Assim, foi no final do ano passado que a Martifer "procurou junto das principais instituições financeiras reestruturar a sua dívida". Como? "Através do reescalonamento do vencimento ao longo do tempo, alargando a maturidade média da dívida para a tornar mais coincidente com o grau de permanência dos seus activos de longo prazo", explica a empresa.

 

Apesar da queda das acções esta sexta-feira, os títulos da empresa liderada pelos irmãos Martins, acumula um ganho de 97,86% desde o início do ano.

 

Sem grandes novidades para suportar esta valorização, os analistas apontam que a grande liquidez que se vive nos mercados, fruto da política expansionista do BCE, leva os investidores a procurar maior risco.

 

O aumento da apetência pelo risco está a levar à valorização das "penny stocks" no índice geral da bolsa de Lisboa, com várias cotadas a registar valorizações significativas desde o início do ano, caso da SAG (28%), Sonae Capital (61%), Media Capital (46%), Cofina (36%) e Glintt (25%).

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