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Manipulação do mercado dita nova multa milionária ao Barclays
Banco britânico já tinha sido sancionado pela manipulação dos juros. Na Libor assumiu a culpa, mas neste caso não.
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O Barclays volta a estar no centro das atenções dos investidores. E mais uma vez, não pelo melhores motivos. O banco britânico que assumiu a culpa no caso de manipulação das taxas de juro de mercado, volta a ser alvo de uma coima milionária mas agora por ter, juntamente com outros quatro ex-corretores da instituição, manipulado os preços da energia nos Estados Unidos. A coima aplicada é, mais uma vez, milionária.
A Federal Energy Regulator Commission (FERC) dos EUA, o regulador do mercado energético, condenou o Barclays e os seus antigos funcionários a pagarem uma multa de 299 milhões de libras (346 milhões de euros) ao Tesouro norte-americano. A somar a este valor, a instituição terá ainda que despender 40,4 milhões de euros dos seus resultados, que serão distribuídos por famílias com baixos rendimentos da Califórnia, Arizona, Oregon e Washington para ajudar no pagamento s das contas da energia.
"Manipular o mercado energético traz custos elevados", disse o Senador Ron Wyden. "Os consumidores têm o direito a ter aquecimento e electricidade nas suas casas sem medo que ‘traders’ estejam a obter lucros injustificados às suas custas", rematou o presidente do regulador. Esta actuação terá provocado perdas de 160,9 milhões de euros ao mercado, segundo contas feitas pela FERC.
Barclays descarta culpas
Esta condenação por manipulação dos preços da energia segue-se a outra por manipulação das taxas de juro interbancárias. Em Junho de 2012, o Barclays, apesar de ter assumido a culpa, acabou por ser multado em 360 milhões de dólares pelos reguladores norte-americano e quase 60 milhões de libras no Reino Unido por ter viciado a definição da Libor, taxa que serve de referência para activos avaliados em 300 biliões de dólares.
Desta vez, no entanto, o banco descarta culpas. "Acreditamos que as transacções realizadas foram legítimas e de acordo com a lei aplicável", afirmou Marc Hazelton, um porta-voz do Barclays, citado pela Bloomberg. "É nossa intenção de nos defendermos de forma vigorosa", acrescentando, dado que o banco acredita que a multa que lhe foi aplicado não tem fundamento já que teve por base um "documento imparcial".
