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Magnatas das criptomoedas vão saber em breve a dimensão real das suas fortunas

Alguns dos maiores magnatas das criptomoedas estão prestes a descobrir o tamanho real das suas fortunas.

02 de Setembro de 2018 às 16:00
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Os reservados chefes da Bitmain Technologies, da Canaan e da Ebang International Holdings -- três das maiores fabricantes de equipamentos de mineração de criptomoedas -- enfrentam pela primeira vez a perspectiva do escrutínio do mercado público ao colocarem as suas empresas na bolsa de Hong Kong. E a Bitfury, outro peso-pesado do sector, está a equacionar a realização uma oferta pública inicial, mas ainda não tem planos concretos.

Se avançarem, as vendas de acções servirá para saber se as riquezas acumuladas por Jihan Wu (na foto em cima), da Bitmain, Zhang Nangeng, da Canaan, e Hu Dong, de Ebang, são sustentáveis ou estão destinadas a desaparecer. Apesar de as três empresas terem desfrutado de um crescimento vertiginoso quando a bitcoin multiplicou o seu valor em 15 vezes no ano passado, a criptomoeda e a maioria das suas pares perderam mais da metade do valor em 2018 devido à crescente pressão regulatória e a preocupações com falhas de segurança nas bolsas e com manipulação do mercado.


Existe o risco de um bear market prolongado corroer a procura pelos chips de computador especializados dessas empresas, que são utilizados pelos mineradores para verificar as transacções em moedas virtuais em busca de recompensas denominadas em criptomoedas. A Bitmain, a Canaan e a Ebang estão a tentar adaptar as suas tecnologias para serem utilizadas noutros campos, como inteligência artificial, mas ainda não conseguiram provar que é possível ampliar a escala das novas aplicações. As acções negociadas em bolsa ofereceriam uma medida em tempo real de como os investidores vêem as suas perspectivas.

"Esses IPOs serão um teste decisivo", disse Rohit Kulkarni, director de pesquisa de investimentos privados da SharePost.

Dada a informação pública limitada sobre os resultados financeiros das fabricantes de equipamentos de mineração de criptomoedas e sobre os outros activos dos seus fundadores, as estimativas pré-IPO das avaliações acaba por exigir uma espécie de adivinhação.

A Bitmain, a empresa dominante do sector, planeia um IPO que poderá levantar até 3 mil milhões de dólares, segundo fontes próximas do assunto. Wu, o controverso líder da empresa, de 32 anos, disse em entrevista que ele e o co-fundador Micree Zhan detêm cerca de 60% do negócio e que a empresa registou receitas de 2,5 mil milhões de dólares no ano passado.

Além de vender equipamentos de mineração, a Bitmain também opera alguns dos maiores colectivos de mineração do mundo, nos quais os membros combinam a capacidade de processamento e dividem as recompensas. Não está claro se essa parte do negócio da Bitmain seria incluída no IPO.

A Bitfury registou receitas de 450 milhões de dólares nos 12 meses até Março, segundo um porta-voz. O CEO Valery Vavilov e o co-fundador Valery Nebesny partilham uma fatia maioritária da empresa, disse Vavilov (foto em baixo), em entrevista por e-mail.

Três fundadores da Canaã -- Zhang, Liu Xiangfu e Li Jiaxuan -- controlam cada um cerca de 17% da empresa e Hu e a sua família detêm 68% da Ebang, segundo comunicados regulatórios. A Canaan e a Ebang já apresentaram pedidos preliminares para a venda de acções em Hong Kong, embora o cronograma dos IPO não esteja claro e as empresas não tenham a obrigação de levar o processo adiante.

A Bitmain e a Bitfury preferiram não comentar e a Canaan e a Ebang não responderam aos pedidos de comentários.

 

Artigo original: These Crypto Tycoons Are About to Learn How Rich They Really Are 

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