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Lagarde não se compromete com juros no futuro, mas diz que há "caminho a percorrer"
O BCE subiu as três taxas de juro na Zona Euro esta quinta-feira, mas desta vez preferiu não indicar o que fará nos próximos encontros. A presidente sublinhou, contudo, que a autoridade está comprometida em combater a inflação.
Christine Lagarde não se compromete com o que serão as futuras subidas das taxas de juro na Zona Euro. A elevada incerteza deixa o Banco Central Europeu (BCE) mais dependente da evolução da economia, segundo explicou a presidente, na conferência de imprensa que se seguiu ao conselho do BCE. Mas deu uma garantia: ainda há caminho a percorrer no combate à inflação.
"O que sabemos é que muito caminho a percorrer", respondeu Christine Lagarde quando questionada sobre subidas dos juros, lembrando que as decisões do BCE vão sendo tomadas consoante a economia evolui. E neste momento "a incerteza é muito elevada" devido ao stress no sistema financeiro causado pelo Credit Suisse e Silicon Valley Bank.
"É por essa razão que reforçámos a dependência de dados. Não é possível neste momento determinar o caminho a tomar no futuro", disse Lagarde. "Mas deixem-me reafirmar: estamos determinados em combater a inflação", sublinhou.
No encontro desta quinta-feira, o conselho do BCE decidiu - de forma unânime e em tempo recorde, segundo Lagarde - aumentar as três taxas de juro, em 50 pontos base cada, para travar a escalada da inflação, que se fixou em 8,5% em fevereiro (apesar de estar a abrandar). A partir de 22 de março, a taxa de juro aplicável às operações principais de refinanciamento passa para 3,5%, enquanto as taxas de juro aplicáveis à facilidade permanente de cedência de liquidez sobem para 3,75% e a taxa aplicável à facilidade permanente de depósito para 3%.
A decisão já tinha sido pré-anunciada em fevereiro, quando o BCE avançou um aumento semelhante de 50 pontos base nas três taxas, dizendo logo que pretendia repeti-lo em março. Desta vez, Lagarde não se quis comprometer com o que fazer no futuro, lembrando que as projeções do "staff" do banco central (que foram também atualizadas esta quinta-feira) ainda não tiveram em conta os mais recentes eventos no sistema financeiro.
"O que sabemos é que muito caminho a percorrer", respondeu Christine Lagarde quando questionada sobre subidas dos juros, lembrando que as decisões do BCE vão sendo tomadas consoante a economia evolui. E neste momento "a incerteza é muito elevada" devido ao stress no sistema financeiro causado pelo Credit Suisse e Silicon Valley Bank.
No encontro desta quinta-feira, o conselho do BCE decidiu - de forma unânime e em tempo recorde, segundo Lagarde - aumentar as três taxas de juro, em 50 pontos base cada, para travar a escalada da inflação, que se fixou em 8,5% em fevereiro (apesar de estar a abrandar). A partir de 22 de março, a taxa de juro aplicável às operações principais de refinanciamento passa para 3,5%, enquanto as taxas de juro aplicáveis à facilidade permanente de cedência de liquidez sobem para 3,75% e a taxa aplicável à facilidade permanente de depósito para 3%.
A decisão já tinha sido pré-anunciada em fevereiro, quando o BCE avançou um aumento semelhante de 50 pontos base nas três taxas, dizendo logo que pretendia repeti-lo em março. Desta vez, Lagarde não se quis comprometer com o que fazer no futuro, lembrando que as projeções do "staff" do banco central (que foram também atualizadas esta quinta-feira) ainda não tiveram em conta os mais recentes eventos no sistema financeiro.
O BCE estima agora que a subida de preços seja menor e que o crescimento económico seja maior este ano do que o antecipado anteriormente. No entanto, está mais pessimista para a inflação subjacente, considerada mais crítica, piorando a sua estimativa.