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Juros da casa estabilizam em altura de descida de spreads e subidas nas Euribor

A taxa de juro implícita no crédito à habitação manteve-se inalterada em Maio, indica o INE. Esta estabilização acontece numa altura em que os spreads estão em queda e as Euribor em trajectória ascendente.

Bruno Simão
22 de Junho de 2018 às 12:02
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"A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação manteve-se em 1,031% em Maio" revela o Instituto Nacional de Estatística (INE) no boletim divulgado esta sexta-feira. 

Desta forma, a prestação média vencida foi 240 euros, tal como no mês anterior. Já nos contratos celebrados nos últimos três meses, o valor médio da prestação diminuiu 21 euros em Maio, atingindo os 305 euros.

Comparativamente ao mês de Maio do ano passado, os juros da casa aumentaram 1,8 pontos base. 

Já o capital médio em dívida no crédito à habitação viu aumentos. A trajectória ascendente neste indicador, que se tem vindo a verificar desde Fevereiro deste ano, é confirmada em Maio. O valor ascendeu 35 euros para se fixar nos 51.852 euros. Por outro lado, "para os contratos celebrados nos últimos 3 meses, o montante médio do capital em dívida desceu 1.661 euros para 96.066 euros", contrapõe o INE.

Paralelamente, os bancos têm mostrado cada vez mais abertura a emprestar para a compra de casa, com sucessivos cortes nos spreads. O mais recente foi o Novo Banco.

No arranque de Maio, o banco liderado por António Ramalho avançou com uma redução da margem mínima exigida no crédito à habitação. O spread desceu de 1,5% para 1,25%. Com este movimento, o banco igualou a oferta de concorrentes como o Santander Totta e o BCP. Só o Bankinter tem, neste momento, uma taxa de juro inferior. Mas Fevereiro já tinha sido um mês de vários cortes: Caixa Geral de Depósitos (CGD), Crédito Agrícola e EuroBic, todos anunciaram descidas na margem mínima dos empréstimos para a aquisição de casa.


Já as Euribor, ainda que se mantenham em níveis negativos, têm registado subidas. A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação, fechou esta quarta-feira nos -0,268%, contra o actual mínimo de sempre, de -0,279%, registado pela primeira vez a 31 de Janeiro de 2018. 

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