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Juros da casa estabilizam em altura de descida de spreads e subidas nas Euribor
A taxa de juro implícita no crédito à habitação manteve-se inalterada em Maio, indica o INE. Esta estabilização acontece numa altura em que os spreads estão em queda e as Euribor em trajectória ascendente.
Desta forma, a prestação média vencida foi 240 euros, tal como no mês anterior. Já nos contratos celebrados nos últimos três meses, o valor médio da prestação diminuiu 21 euros em Maio, atingindo os 305 euros.
Paralelamente, os bancos têm mostrado cada vez mais abertura a emprestar para a compra de casa, com sucessivos cortes nos spreads. O mais recente foi o Novo Banco.
No arranque de Maio, o banco liderado por António Ramalho avançou com uma redução da margem mínima exigida no crédito à habitação. O spread desceu de 1,5% para 1,25%. Com este movimento, o banco igualou a oferta de concorrentes como o Santander Totta e o BCP. Só o Bankinter tem, neste momento, uma taxa de juro inferior. Mas Fevereiro já tinha sido um mês de vários cortes: Caixa Geral de Depósitos (CGD), Crédito Agrícola e EuroBic, todos anunciaram descidas na margem mínima dos empréstimos para a aquisição de casa.
Já as Euribor, ainda que se mantenham em níveis negativos, têm registado subidas. A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação, fechou esta quarta-feira nos -0,268%, contra o actual mínimo de sempre, de -0,279%, registado pela primeira vez a 31 de Janeiro de 2018.