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IGCP duplica valor da emissão de OTRV

O instituto que gere a dívida pública portuguesa reviu em alta o montante da emissão de obrigações para o retalho. Duplicou o valor desta emissão. Também nas anteriores seis ofertas, o montante indicativo foi revisto em alta,

Bruno Simão
10 de Julho de 2018 às 19:25
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O IGCP anunciou, esta terça-feira, que reviu em alta o montante da emissão de Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável (OTRV) que está a decorrer desde a semana passada. O montante da oferta duplicou de 500 milhões de euros para 1.000 milhões de euros. Também nas emissões anteriores o valor indicativo da oferta foi aumentado devido à forte procura dos investidores.

O instituto que gere a dívida pública portuguesa tinha até esta terça-feira, 10 de Julho, para rever o montante da oferta de obrigações para o retalho. E não deixou passar a oportunidade. "Informa-se que o Conselho de Administração do IGCP decidiu aumentar o valor nominal global da emissão de obrigações do tesouro de rendimento variável denominada "OTRV JULHO 2025" para mil milhões de euros", pode ler-se no site da entidade liderada por Cristina Casalinho (na foto).

Esta emissão arrancou na quarta-feira passada, dia 4 de Julho e trata-se da sétima emissão deste que este instrumento foi lançado, em Março de 2016. A nova série de obrigações para o retalho vai pagar uma taxa de juro bruta de 1% (Euribor a seis meses acrescida de uma taxa de 1%), uma descida face às emitidas mais recentemente (1,1% em Novembro) e menos de metade da remuneração da primeira emissão destes produtos (2,2% em Março de 2016).  Sempre que lançou uma nova série, oIGCP cortou a remuneração dasOTRV.


Inicialmente, o Tesouro pretendia encaixar 500 milhões de euros mas, esta terça-feira, acabou por duplicar o valor da oferta para mil milhões de euros. Nas seis operações anteriores, foram obtidos 7.450 milhões de euros junto dos aforradores.


"As OTRV serão colocadas através de oferta pública de subscrição dirigida ao público em geral a decorrer entre as 8h30 do dia 4 de Julho de 2018 e as 15h00 do dia 17 de Julho de 2018", refere o instituto liderado por Cristina Casalinho no folheto informativo publicado no site do IGCP.


Ao contrário das emissões anteriores, com prazo de cinco anos, estas obrigações têm maturidade de sete anos (vencem em Julho de 2025).


O preço de subscrição é de mil euros por cada OTRV, o que corresponde ao respectivo valor nominal unitário. O mínimo de subscrição por cada investidor é de mil euros, correspondente a uma OTRV e o máximo de um milhão de euros correspondentes a mil OTRV.


"Cada investidor apenas poderá ter associada uma ordem de subscrição, podendo revogá-la ou alterá-la até às 15h00 do dia 12 de Julho de 2018 (inclusive), hora e data a partir da qual as ordens de subscrição serão irrevogáveis e não poderão ser alteradas", refere o mesmo documento.


O IGCP frisa ainda que, além do preço de subscrição, podem existir despesas associadas à recolha das ordens de subscrição e à custódia, bem como comissões sobre o pagamento de juros e o reembolso de capital que estão dependentes do intermediário financeiro e têm de constar do respectivo preçário.


Taxas de juro bruta das seis emissões de OTRV:

Novembro de 2017 – 1,1%
Julho de 2017 – 1,6%
Abril de 2017 – 1,9%
Novembro de 2016 – 2%
Agosto de 2016 – 2,05%
Março de 2016 – 2,2%


(Notícia actualizada às 19:35 com mais informação)
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