O IBEX perdeu 12,45% em Abril, fechando o mês a valer 7.011,00 pontos. Este foi o pior período para a bolsa madrilena desde Novembro de 2010.

O mês foi marcado por muita especulação em torno da necessidade de Espanha pedir apoio financeiro, com as “yields” das obrigações a dispararem e o mercado bolsista a afundar.

A marcar este período esteve também a expropriação de 51% do capital da YPF à Repsol. A petrolífera espanhola detinha 57% do capital da empresa Argentina. O governo decidiu expropriar 51% do capital da YPF, o que espoletou uma grande polémica internacional, com Madrid e o resto da Europa a apelarem para que a Argentina recuasse nesta decisão. O que não aconteceu.

Mas acções que de alguma forma estiveram ligadas a este processo afundaram em bolsa. A Sacyr, que detém 10% da Repsol YPF, caiu 40,25% no mês, uma queda nunca antes vista, segundo os dados da Bloomberg.

E a própria Repsol recuou 23,18%, naquele que foi o pior mês para a petrolífera desde Outubro de 2008, quando perdeu 29% do seu valor.

Uma das histórias que marcou a negociação bolsista em Madrid foi a notícia de que a ACS vendeu uma participação da Iberdrola. O impacto não ocorreu pela venda, mas sim pelas condições de alienação. É que a ACS vendeu os títulos a um preço mais baixo do que o valor das acções no mercado e do que o valor que tinha contabilizado. Factores que provocaram perdas acentuadas nas duas cotadas.

As acções da ACS afundaram 27,83%, o que representa a maior queda desde Setembro de 1992. A Iberdrola fechou o mês com uma descida de 17,38%, o que corresponde à maior desvalorização desde Outubro de 2008.